
Rio de Janeiro — InkDesign News — O Instituto Oswaldo Cruz (IOC), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), confirmou a circulação da nova variante XFG do SARS-CoV-2 no Rio de Janeiro, com 46 casos diagnosticados entre 1º e 8 de julho.
Contexto e objetivos
A circulação da variante XFG representa um novo desafio no controle da pandemia de COVID-19. O objetivo da vigilância epidemiológica é monitorar a propagação do vírus e suas variantes, especialmente em grupos prioritários, visando preservar a saúde pública e otimizar as estratégias de vacinação.
Metodologia e resultados
O sequenciamento genético das amostras foi realizado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, referência nacional e internacional. Durante a coleta de 74 amostras, a variante XFG foi identificada em 46 casos, representando 62% das amostras analisadas. Segundo a virologista Paola Resende, “A variante XFG é uma recombinante de outras duas linhagens e carrega algumas mutações na proteína ‘spike’ que estão associadas a uma ligeira evasão da resposta imune, o que pode impactar na neutralização por anticorpos. Porém, não tem evidências de aumento de gravidade clínica, nem evidências de impacto relevante na eficácia de vacinas e de antivirais.”
Implicações para a saúde pública
A identificação da variante XFG originou a recomendação da OMS para intensificação da vigilância, embora a análise indique baixo risco associado à variante. O coordenador de Informática Estratégica de Vigilância em Saúde da SMS, Caio Ribeiro, ressalta que “as medidas preventivas continuam as mesmas, independentemente da identificação de novas subvariantes. É fundamental que a população siga higienizando as mãos, use máscara em caso de sintomas gripais e mantenha a vacinação em dia.” A vacinação com novas fórmulas, atualizadas para variantes específicas, permanece crucial para a proteção contra o COVID-19.
A expectativa é que a continuidade dessas estratégias de vigilância e vacinação minimize o impacto das futuras variantes e assegure a saúde da população durante o inverno, período crítico para infecções respiratórias.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)