
Brasília — InkDesign News — O Ministério da Saúde abriu uma consulta pública na quarta-feira, 17 de setembro, para discutir a possível incorporação da vacina contra o herpes zóster no Programa Nacional de Imunização (PNI). A proposta abrange idosos com 80 anos ou mais, além de indivíduos imunocomprometidos a partir de 18 anos.
Contexto e objetivos
O herpes-zóster, também conhecido como cobreiro, é uma condição viral que resulta da reativação do vírus varicela-zóster. Afeta principalmente idosos e pessoas com baixa imunidade, causando dor intensa, febre e lesões cutâneas. A consulta pública visa avaliar a inclusão da vacina recombinante adjuvada, que pretende reduzir a incidência e as complicações associadas à doença, em particular a neuralgia pós-herpética.
Metodologia e resultados
A Consulta Pública nº 78 está disponível até o dia 6 de outubro na plataforma Participa + Brasil. De acordo com dados do SUS, entre 2008 e 2024, foram registrados mais de 85 mil atendimentos ambulatoriais e aproximadamente 30 mil internações devido ao herpes-zóster no Brasil. Os relatórios técnicos da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) asseguram que a vacina possui uma eficácia superior a 80% na prevenção da doença e da neuralgia pós-herpética.
A vacina foi considerada segura, com eventos adversos leves a moderados, como dor no local da aplicação e febre.
(“A vacina foi considerada segura, com eventos adversos leves a moderados, como dor no local da aplicação e febre.”)— Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec)
Um desafio significativo para a implementação é o custo estimado de R$ 5,2 bilhões em cinco anos. A Conitec concluiu que, embora a vacina apresente benefícios, a questão financeira pode dificultar a sua incorporação ao SUS.
Implicações para a saúde pública
A vacinação contra o herpes zóster pode gerar um impacto positivo, especialmente entre a população idosa, que é mais vulnerável à doença. As recomendações para a implementação incluem a criação de um plano de comunicação para conscientização sobre a vacina e a importância de seu uso preventivo. As próximas etapas envolvem a análise das contribuições recebidas na consulta pública para que a Comissão técnica tome uma decisão fundamentada sobre a incorporação da vacina.
As contribuições serão analisadas pela comissão técnica, que decidirá sobre a incorporação da vacina.
(“As contribuições serão analisadas pela comissão técnica, que decidirá sobre a incorporação da vacina.”)— Ministério da Saúde
Em suma, a discussão em torno da vacina contra o herpes zóster no Brasil pode trazer benefícios significativos para a saúde pública, mas requer uma abordagem estratégica para assegurar a viabilidade financeira e a adesão populacional.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)