Rio de Janeiro — InkDesign News — O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, teve sua prisão mantida durante audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (4), originando nova determinação para sua transferência para uma cela coletiva no Presídio Bangu 3.
Contexto jurídico
Oruam está preso preventivamente desde o dia 22 de julho, data em que se entregou à Polícia Civil. A sua prisão foi motivada por um incidente em que ele e amigos atacaram policiais civis que buscavam cumprir um mandado para apreender um adolescente em sua residência, situada no bairro do Joá, zona oeste do Rio de Janeiro. Na ocasião, o suspeito conseguiu fugir. Além de sua prisão pelo ataque, Oruam enfrenta diversas acusações, incluindo associação ao tráfico de drogas, tentativa de homicídio qualificada, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.
Argumentos e precedentes
Recentemente, a Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público, tornando Oruam réu por tentativa de homicídio qualificada. A decisão está respaldada no relato de que o rapper arremessou pedras contra os policiais a uma altura de 4,5 metros, com pesos entre 130 gramas e 4,85 quilos. Oruam afirmou que era filho de Marcinho VP, um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho, o que, segundo a acusação, pode ser interpretado como uma tentativa de ameaça.
The arrest warrant is valid, and the decision that led to its issuance has not been revoked, according to the judicial review. Thus, the prison act is regular, and no merits have been requested, so there is nothing to provide further.
— Laura Noal Garcia, Juíza da Central de Custódia
Impactos e desdobramentos
A permanência de Oruam na prisão e sua recente transferência para uma galeria destinada a presos do Comando Vermelho levantam questões sobre a relação entre a música, a criminalidade e a percepção pública de líderes comunitários. Especialistas comentam que casos como o de Oruam geram repercussões significativas na sociedade, na medidas em que trazem à tona o debate sobre segurança pública e o tratamento dado aos jovens em conflito com a lei. Os desdobramentos deste caso podem influenciar futuras decisões judiciais em situações semelhantes.
O exame do caso de Oruam pode levar à reavaliação de práticas judiciais e penitenciárias, adequando-as à complexidade das dinâmicas sociais que envolvem artistas e a criminalidade. O entendimento da sociedade sobre tais figuras pode ser alterado, refletindo as relações entre cultura, crime e poder legal.
Fonte: (Agência Brasil – Justiça)
