
São Paulo — InkDesign News — O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, destacou em evento nesta quinta-feira (9), na capital paulista, os impactos da elevação da taxa Selic no acesso da população ao crédito imobiliário, afirmando que cada aumento de 1% resulta na exclusão de 166 mil famílias do mercado de financiamento.
Contexto jurídico
A discussão sobre a taxa Selic se intensifica no Brasil, especialmente à luz das recentes decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que optou por manter a taxa em 15% por um período prolongado. Essa manutenção ocorre devido a incertezas no cenário econômico externo e uma moderada expectativa de crescimento interno. O Banco Central tem o desafio de equilibrar inflação e crescimento econômico, tornando a situação do crédito imobiliário ainda mais crítica para as famílias brasileiras.
Argumentos e precedentes
França argumentou que o encarecimento do financiamento é uma barreira significativa para a população. Ele enfatizou a necessidade urgente de cortes na Selic, sustentando que “é fundamental avançarmos em medidas que garantam o maior equilíbrio fiscal”. Além disso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) criticarão a atual taxa, mencionando que “não existe crescimento sustentável com juros estratosféricos” e destacando a proibição de financiamentos essenciais, como casa ou carro.
“A alta da Selic nos últimos anos encareceu o custo do financiamento. A cada 1% de elevação [na Selic] 166 mil famílias deixam de ter acesso ao crédito imobiliário. Portanto, é fundamental termos um modelo que garanta a estabilidade e juros acessíveis”, disse.
— Luiz França, Presidente, Abrainc
Impactos e desdobramentos
A permanência da taxa Selic nas atuais condições pode resultar em retratos desastrosos na acessibilidade ao crédito, evidenciando a necessidade de uma reforma administrativa que otimize as contas públicas e reduza a burocracia. O recuo no crédito imobiliário não só afeta o setor da construção civil, mas compromete também a economia como um todo, limitando o consumo das famílias e barrando inovações. Enquanto isso, as pressões para a mudança na política monetária crescem, com expectativas em torno de uma nova abordagem por parte do Banco Central.
Se as reformas sugeridas forem implementadas, pode haver um alívio nas tensões financeiras atuais, possibilitando uma recuperação no acesso ao crédito e, consequentemente, no mercado imobiliário.
Fonte: (Agência Brasil – Justiça)