
São Paulo — InkDesign News — A startup Burnt, que se especializa em automatizar processos de back-office na cadeia de suprimentos alimentares com inteligência artificial, conseguiu captar US$ 3,8 milhões em um seed round liderado pela Penny Jar Capital, com participação de investidores como Scribble Ventures e Formation VC.
Financiamento
O financiamento obtido pela Burnt será utilizado para expandir suas operações e aprimorar suas tecnologias. A rodada, que atraiu interesse de investidores influentes, destaca o potencial da Burnt em um mercado de alimentos que movimenta trilhões nos Estados Unidos.
“Dois décadas de adoção de software perdidas representam uma oportunidade massiva. Investidores que entendem isso sabem que pode ser enorme se executado corretamente”
— Joseph Jacob, Co-fundador e CEO, Burnt
Modelo de negócios
A Burnt foi fundada por Joseph Jacob, que traz uma experiência familiar na indústria alimentícia. Jacob esteve diretamente envolvido na gestão de grandes volumes de importações de frutos do mar nos EUA, onde notou ineficiências significativas na utilização de sistemas tradicionais de software. Em seu relato, mais de 80% dos processos de entrada de pedidos eram realizados manualmente, consumindo horas preciosas da equipe.
“Acabei comprando centenas de milhões de libras de frutos do mar, mas tudo era rastreado em planilhas do Excel e em um sistema ERP antigo de 20 anos”
— Joseph Jacob, Co-fundador e CEO, Burnt
Com o objetivo de melhorar essa situação, a Burnt lançou seu primeiro agente, denominado Ozai, que automatiza esse processo. Desde seu lançamento em janeiro, a startup já processou mais de US$ 10 milhões em pedidos mensais, abrangendo distribuidores de frutos do mar, bens especiais e alimentos embalados.
Perspectivas do mercado
Os desafios enfrentados pela Burnt são representativos de um ecossistema que historicamente tem resistido à implementação de novas tecnologias. Apesar do ceticismo existente, a startup conseguiu conquistar a confiança de empresas significativas no setor. Um dos maiores conglomerados alimentares do Reino Unido está atualmente implementando o sistema da Burnt.
“Todo mundo com quem conversamos chama seu ERP de um mal necessário”
— Joseph Jacob, Co-fundador e CEO, Burnt
Próximos passos
A Burnt está concentrada em expandir sua presença no mercado, buscando pagar dividendos a investidores e possivelmente visando uma futura oferta pública inicial (IPO). A visão da startup é escalar seus produtos e continuar a melhorar a eficiência na cadeia de suprimentos, especialmente em um setor que exige uma Wnwa inovação contínua.
Fonte: TechCrunch