
São Paulo — InkDesign News — O setor mineral foi o principal responsável pelo superávit da balança comercial brasileira no primeiro trimestre de 2025, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) nesta terça-feira (6). Entre janeiro e março, o saldo da balança mineral somou US$ 7,68 bilhões, representando 77% do superávit total do país, que alcançou US$ 9,98 bilhões no período.
Panorama econômico
O cenário global segue marcado por incertezas nos mercados, com tensões comerciais e variações nas políticas monetárias internacionais. Neste contexto, a inflação e os juros mantêm-se como variáveis importantes para a economia brasileira. A balança comercial, influenciada pelo setor mineral, mostra-se robusta diante deste ambiente, contribuindo para a estabilidade macroeconômica do país.
Indicadores e análises
As exportações minerais atingiram US$ 9,3 bilhões no primeiro trimestre de 2025, enquanto as importações do setor ficaram em US$ 1,6 bilhão. A China foi o principal destino do minério brasileiro, respondendo por 68% das exportações. Por outro lado, as importações vieram principalmente dos Estados Unidos (20,8%), Rússia (19,3%), Austrália (11,5%) e Canadá (9,3%).
O faturamento do setor mineral no trimestre somou R$ 73,8 bilhões, com crescimento de 8,6% em relação ao mesmo período de 2024. O minério de ferro representou 53% desse total. Além disso, o setor gerou mais de 2 mil novos empregos e arrecadou R$ 25,5 bilhões em impostos e tributos, aumento de cerca de 8%.
“O desempenho do setor deve se manter estável em relação a 2024, mesmo diante das incertezas nos mercados globais.”
(“The sector’s performance is expected to remain stable compared to 2024, despite global market uncertainties.”)— Raul Jungmann, diretor-presidente, Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram)
Impactos e previsões
Segundo Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram, medidas protecionistas adotadas pelo governo Trump não devem afetar significativamente as exportações brasileiras, dado que os Estados Unidos não figuram como um dos principais compradores dos minerais brasileiros.
“A adoção de medidas protecionistas por Donald Trump, não deve impactar significativamente as exportações brasileiras, já que o país norte-americano não é um dos principais compradores de minerais do Brasil.”
(“The adoption of protectionist measures by Donald Trump is not expected to significantly impact Brazilian exports, as the United States is not among the major buyers of Brazilian minerals.”)— Raul Jungmann, diretor-presidente, Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram)
O resultado robusto do setor mineral apoia a balança comercial brasileira, contribuindo para a manutenção da estabilidade econômica nacional frente a um contexto global volátil. O desempenho sólido do segmento e o volume de empregos gerados apontam para uma continuidade positiva, mesmo diante dos desafios externos.
À medida que o cenário internacional evolui, será fundamental monitorar as relações comerciais e políticas econômicas para garantir a sustentabilidade do superávit e a retomada do crescimento econômico do país.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)