São Paulo — InkDesign News — Em 10 de julho, o comitê de apropriações do Senado dos Estados Unidos debateu um projeto de lei que destina US$ 7,3 bilhões para os programas de ciência da NASA no próximo ano fiscal, rejeitando a proposta de orçamento da administração Trump que cortava tal financiamento em 47%.
Detalhes da missão
O projeto de lei bipartidário, desenvolvido por Jerry Moran (R-Kansas) e Chris Van Hollen (D-Maryland), obteve apoio inicial de 15 a 14 votos. Contudo, devido a contestações sobre a localização da sede do FBI, a proposta foi finalmente retirada e uma nova votação será realizada em uma reunião futura. “O projeto financia a NASA em US$ 24,9 bilhões, um valor ligeiramente superior ao da cota do ano fiscal de 2025, para explorar o sistema solar, avançar na compreensão das mudanças climáticas e promover inovação e sustentabilidade na aeronáutica”, disse Van Hollen durante a reunião do comitê.
Tecnologia e objetivos
Os cortes propostos pelo orçamento de 2026 de Trump incluíam importantes missões, como a missão Juno, que orbita Júpiter, a sonda New Horizons em Plutão e o projeto DaVinci na Venus, entre outros. “Para a NASA, o projeto reflete uma abordagem ambiciosa para a exploração espacial”, afirmou Moran. SLS (Sistema de Lançamento Espacial) e Orion são componentes-chave do programa Artemis, que visa retornar humanos à superfície lunar nos próximos anos: o primeiro referente ao foguete laranja e o último à cápsula branca que transportará os astronautas para a Lua.
“Este projeto oferece um investimento crítico para acelerar nossos planos de levar americanos à superfície lunar antes dos chineses, mas também em tecnologias que possibilitem pousos em Marte.”
(“We make critical investments to accelerate our plans to land Americans on the lunar surface before the Chinese, but also in the technologies and capacity to land astronauts on Mars.”)— Jerry Moran, Senador, EUA
Próximos passos
O projeto de lei não se limita à NASA. Ele também abrange o apoio à Fundação Nacional de Ciências (NSF), que receberia um corte de apenas US$ 60 milhões, muito abaixo dos 57% solicitado por Trump. O texto prevê US$ 9 bilhões para a NSF, mantendo suas missões fundamentais. “Este projeto protege as missões científicas que são essenciais para aprimorar nossa compreensão da Terra e promover a proteção de nossos recursos naturais”, disse Van Hollen. O Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) também terá recursos garantidos.
“Esse projeto serve como um plano sobre como governar em um ambiente fiscal restrito, fazendo escolhas estratégicas e sempre focando em entregar valor ao povo americano.”
(“This bill is a blueprint on how to govern in a constrained fiscal environment, by making smart strategic choices, cutting where we can, investing where we must, and always staying focused on trying to deliver value to the American people.”)— Jerry Moran, Senador, EUA
A aprovação deste projeto de lei no Senado é apenas o começo, já que é necessário que ambas as casas do Congresso concordem antes que o orçamento possa ser sancionado pelo presidente. Assim, a efetivação dos investimentos na NASA e em outras instituições científicas permanece sob a incerteza política.
Essas iniciativas não apenas ampliam o alcance da exploração espacial, mas também sustentam a base da ciência que garante avanços em áreas como clima, tecnologia e segurança global, fundamentais para o progresso da civilização humana.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)
