
São Paulo — InkDesign News — Charles Hudson, fundador da Precursor Ventures, recentemente analisou um novo paradigma em venture capital, com foco em exigências de liquidez que estão moldando a forma como os investidores de seed management pensam sobre suas rodadas de investimento.
Tamanho da rodada
Hudson recentemente arrecadou US$ 66 milhões para seu quinto fundo, o que marca um passo significativo em sua trajetória de dois anos em venture capital. Entretanto, a conversa com seus parceiros limitados (LPs) sobre diferentes estágios de venda das empresas de sua carteira tem gerado debates acalorados sobre a estratégia de retorno antecipado.
Valuation
O questionamento crucial lançado por seus LPs foi sobre as implicações de vender participações em diferentes níveis: Series A, B e C. A análise revelou que, enquanto vender na Series A não geraria retornos satisfatórios, a Series B apontava uma oportunidade de obter um retorno superior a 3x. “Você poderia ter um fundo acima de 3x se vendesse tudo na Série B”, revelou Hudson.
“Você poderia ter um fundo acima de 3x se vendesse tudo na Série B.”
— Charles Hudson, Fundador, Precursor Ventures
Investidores
Os desafios apresentados não se limitam apenas a Hudson; outros investidores, como Hans Swildens da Industry Ventures, ressaltam que os fundos estão se adaptando rapidamente para entender como gerar liquidez. Esse movimento está levando muitas gestoras a contratar equipes especializadas que se concentram em opções alternativas de liquidez, um fenômeno que se destaca especialmente entre fundos que têm operações menores.
Com a pressão crescente para atender a diferentes exigências de LPs, como a necessidade de retornos rápidos em detrimento de um planejamento a longo prazo, Hudson analisa a situação com cautela.
“A gestão de portfólio requer a sofisticação que os investidores de seed não precisavam tradicionalmente.”
— Charles Hudson, Fundador, Precursor Ventures
O cenário atual impõe aos investidores de venture capital a necessidade de reavaliar suas estratégias, possivelmente integrando raciocínios mais típicos de private equity a fim de otimizar os retornos em um ambiente em que os LPs são cada vez mais exigentes. Os próximos passos envolverão uma adaptação contínua das abordagens de investimento, dos formatos de captação e das relações com os LPs para garantir uma resposta eficiente às novas dinâmicas de mercado e às expectativas de retorno.
Fonte: (TechCrunch – Venture & Fundraising)