
São Paulo — InkDesign News — Em uma expedição realizada em fevereiro de 2025, uma equipe de pesquisadores da Western University, em colaboração com a Defesa e Desenvolvimento do Canadá, explorou o Alto Ártico para medir a atividade de satélites orbitando sobre a região polar.
Detalhes da missão
O projeto foi conduzido na localidade de Eureka, no território canadense de Nunavut. Utilizando quatorze câmeras de baixo custo, a equipe rastreou satélites que passaram pelo céu na noite de 22 de fevereiro de 2025. A coleta resultou em uma imagem de longa exposição que ilustra o total da atividade satelital durante essa noite, com cada traço branco representando o caminho de um satélite. Esse método de observação foi inspirado na técnica de rastreamento de meteoros, com câmeras posicionadas em diversas direções para cobrir toda a abóbada celeste.
Tecnologia e objetivos
O sistema implementado tem como destaque a capacidade de monitorar objetos no céu a partir de 30 centímetros de diâmetro. A equipe até agora identificou mais de 17.000 satélites únicos e realizou quase meio bilhão de observações. Segundo a Western University, “o sistema já produziu o primeiro ano completo de dados de rastreamento de satélites sobre o Canadá”.
(“the system has produced the first ever full year of satellite tracking data over Canada.”)— Universidade Ocidental
A tecnologia desenvolvida não apenas permite um monitoramento mais detalhado da atividade satelital, mas também revela a densidade crescente dos dispositivos nas vias aéreas. A poluição atmosférica provocada por esses satélites, que emitem metais pesados, representa um desafio adicional para a astronomia, com o aumento das dificuldades para observações do universo profundo.
Próximos passos
O sistema de câmeras já está implantado em quatro locais no Canadá, incluindo Eureka e Osoyoos, na Colúmbia Britânica, e Lucky Lake, em Saskatchewan. Com mais lançamentos de satélites previstos, os pesquisadores pretendem continuar a expandir esse monitoramento constante. “A pergunta a ser feita é: quando o céu estará tempo demais cheio?”, afirmou um dos cientistas envolvidos.
(“the question to be asked is: when will the sky be too full?”)— Cientista da pesquisa, Defesa e Desenvolvimento do Canadá
Esse projeto representa um avanço significativo no rastreamento de objetos espaciais, fundamentais para as atividades de navegação e comunicação. Com a crescente preocupação sobre os impactos das tecnologias espaciais na atmosfera, iniciativas como esta são cruciais para mitigar problemas futuros.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)