
São Paulo — InkDesign News —
Robôs com habilidades táteis estão ganhando destaque em pesquisas que buscam aumentar a destreza e a sensibilidade na manipulação robótica, cada vez mais essenciais para aplicações industriais e autônomas.
Tecnologia aplicada
Pesquisadores da Queen Mary University of London, no grupo CRISP (Cognitive Robotics and Intelligent Systems for the People), desenvolvem sistemas robóticos que exploram a integração de sensores de força e toque para aprimorar a manipulação de objetos. Utilizam sensores táteis de alta sensibilidade para captar dados sobre contato e pressão, aliados a algoritmos avançados de controle que interpretam informações em tempo real para ajustar a força e os movimentos das mãos robóticas. A autonomia e o tempo de resposta são otimizados para garantir manipulações precisas em ambientes variados, incluindo indústrias e laboratórios.
Desenvolvimento e testes
Os robôs passam por ciclos extensivos de testes que simulam tarefas humanas complexas, como segurar e manusear objetos frágeis, onde sensores de toque fornecem feedback contínuo à unidade de controle. O grupo liderado pelo Dr. Lorenzo Jamone realiza experimentos em ambientes controlados e secundários, garantindo que os sistemas possam responder rapidamente a alterações inesperadas, como variações na textura ou na rigidez dos materiais manipulados. Este desenvolvimento inclui rotinas de aprendizado de máquina para melhorar a capacidade adaptativa dos robôs.
Impacto e aplicações
A tecnologia visa ampliar o uso de mãos robóticas em setores industriais em que precisão e sensibilidade são cruciais, desde montagem eletrônica até operações em ambientes humanizados. Segundo o Dr. Jamone,
“O desenvolvimento de sistemas táteis em robótica permite uma interação mais natural e eficiente com objetos, abrindo caminho para aplicações industriais mais seguras e flexíveis.”
(“The development of tactile systems in robotics allows for more natural and efficient interaction with objects, paving the way for safer and more flexible industrial applications.”)— Lorenzo Jamone, Senior Lecturer, Queen Mary University of London
O avanço da manipulação sensorial deve fornecer bases para futuras pesquisas em robótica cognitiva e autônoma, potencializando a integração entre humanos e máquinas no ambiente produtivo.
Próximos passos incluem a ampliação do repertório sensorial e o aprimoramento dos algoritmos de aprendizado para operar em ambientes industriais reais, com alta variabilidade e exigência de segurança.
Fonte: (Robohub – Robótica & Automação)