
São Paulo — InkDesign News —
Pesquisas em robótica têm avançado no desenvolvimento de peles eletrônicas macias para membros protéticos, utilizando robôs e sensores para aprimorar a sensibilidade e adaptação desses dispositivos.
Tecnologia aplicada
A pesquisadora Miranda Lowther, vinculada ao FARSCOPE-TU Centre for Doctoral Training, um consórcio entre University of Bristol, University of West of England e Bristol Robotics Laboratory, trabalha com robótica mole para criar e-skins (peles eletrônicas) sensíveis que aplicam conceitos de computação morfolgica. Essas peles eletrônicas são projetadas com sensores que detectam pressão, toque e outras variáveis físicas, possibilitando que próteses reajam de forma adaptativa ao ambiente e ao usuário. O uso de materiais macios permite maior conforto e interação natural, integrando componentes eletrônicos flexíveis com sistemas de controle embarcados.
Desenvolvimento e testes
Os protótipos de e-skins submetidos a testes em ambiente controlado demonstram alta sensibilidade e resposta rápida às alterações táteis, com tempo de resposta na ordem de milissegundos e durabilidade para milhares de ciclos de flexão e compressão. A integração da computação morfolgica reduz a necessidade de processamento computacional intenso, pois parte do ajuste adaptativo ocorre diretamente via propriedades físicas do sistema, aumentando a eficiência energética e autonomia dos dispositivos protéticos. Esses sistemas foram testados em ambientes laboratoriais simulando diferentes condições de uso no dia a dia, visando otimizar a integridade dos sensores e a robustez mecânica.
Impacto e aplicações
Aplicações práticas dessa tecnologia incluem a melhoria da qualidade de vida de usuários de próteses, oferecendo feedback sensorial mais realista e ajustando automaticamente a resposta do dispositivo conforme as condições externas e internas do usuário. O desenvolvimento dessa robótica mole e das peles eletrônicas tem potencial para ser incorporado em outras áreas de saúde, como dispositivos vestíveis e robôs assistivos. Além disso, os avanços em materiais e controle adaptativo podem colaborar com a indústria de automação avançada, ampliando as soluções em robótica sensorial.
“Estou investigando como as e-skins macias e os conceitos de computação morfológica podem ser usados para melhorar a saúde, o conforto e a qualidade de vida dos usuários de próteses através de sensoriamento e adaptação.”
(“I am investigating how soft e-skins and morphological computation concepts can be used to improve prosthetic user health, comfort, and quality of life, through sensing and adaptation.”)— Miranda Lowther, Pesquisadora de Doutorado, FARSCOPE-TU Centre for Doctoral Training
Fonte: (Robohub – Robótica & Automação)