
O uso de machine learning e inteligência artificial (IA) tem crescido em várias áreas, mas um estudo recente revela que muitas pessoas ainda hesitam em adotar essas tecnologias devido a preocupações éticas e de qualidade.
Contexto da pesquisa
O estudo conduzido por professores da Brigham Young University, Jacob Steffen e Taylor Wells, investiga as razões por trás da resistência ao uso de ferramentas de IA generativa. A pesquisa busca entender os fatores que levam indivíduos a optar por não utilizar tais tecnologias, mesmo em um mundo cada vez mais dominado por elas.
Método proposto
A abordagem utilizada pelos pesquisadores incluiu a aplicação de dois questionários distintos. No primeiro, os participantes relataram situações em que escolheram não usar IA generativa e justificaram suas decisões. Com essas respostas, uma segunda pesquisa foi elaborada, onde os participantes avaliaram a probabilidade de uso ou evitação da IA em várias situações, além de expressarem preocupações éticas e percepções de risco.
Resultados e impacto
Os resultados mostraram que as quatro principais razões para a não utilização de IA generativa foram: a qualidade da saída, implicações éticas, riscos de uso e a desconexão humana. O receio de que a saída da IA seja imprecisa ou pouco confiável foi citado como a principal preocupação. Além disso, muitas pessoas expressaram que o uso constante da IA poderia comprometer a experiência de aprendizado e o valor do trabalho acadêmico.
“Se você usa IA generativa para todas as suas tarefas, pode concluir rapidamente seu trabalho, mas não aprendeu nada,”
— Taylor Wells, Professor, Brigham Young University
Os questionários revelaram que preocupações éticas sobre a legalidade e moralidade do uso da IA também estavam em alta, bem como a insegurança referente ao uso de dados pessoais. Steffen comparou a IA generativa a uma ferramenta útil como um martelo, que deve ser utilizada em contextos apropriados.
“É importante entender seu objetivo ao criar algo. É para aprender? Para acabar rápido? Estas perguntas ajudam a decidir quando usar a IA,”
— Jacob Steffen, Professor, Brigham Young University
Esses achados indicam a necessidade de desenvolver uma compreensão mais profunda sobre o uso responsável da IA e como ela pode ser utilizada de forma benéfica, ao mesmo tempo que respeita preocupações éticas.
As possíveis aplicações decorrentes deste estudo incluem o aprimoramento da educação, visando utilizar ferramentas de IA como aliados no processo de aprendizado, e a necessidade de criar diretrizes éticas que orientem o uso dessas tecnologias.
Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)