
São Paulo — InkDesign News —
A Rivian revisou sua previsão de entregas de veículos elétricos (EVs) para 2025, citando impactos das tarifas impostas pela administração Trump e mudanças regulatórias. A atualização reflete desafios no mercado de mobilidade elétrica.
Autonomia e bateria
A Rivian projeta entregar entre 40.000 e 46.000 EVs até o final de 2025, uma redução frente à estimativa anterior de 46.000 a 51.000 unidades. Apesar do ajuste, o crescimento em volume já estava comprometido, dado o histórico recente: 51.579 veículos entregues em 2024 e 50.122 em 2023. O modelo mais acessível da empresa, o SUV R2, com previsão de maior volume, só chega em 2026.
“Mudanças nas políticas governamentais e um ambiente de demanda desafiador” podem representar riscos para a demanda dos veículos.
(“Changes to government policies and regulations, and a challenging demand environment” could threaten demand for its vehicles.)— Rivian, comunicado aos investidores
O impacto das tarifas americanas pode encarecer componentes essenciais de baterias Li-ion, afetando a autonomia e custo final para o consumidor.
Infraestrutura de recarga
A Rivian e seus concorrentes enfrentam um cenário econômico incerto, que pode atrasar investimentos e expansão da infraestrutura de recarga, fundamental para suportar o crescimento do mercado de EVs. A previsão de aumento nos gastos de capital da Rivian para US$ 1,8-1,9 bilhões, contra US$ 1,6-1,7 bilhões anteriormente, reflete essas tensões.
“Esperamos que as tarifas adicionem custos de US$ 2,5 bilhões para a Ford e cerca de US$ 5 bilhões para a General Motors em 2025.”
(“We expect tariffs to add $2.5 billion in costs for Ford and around $5 billion for General Motors in 2025.”)— Executivos da Ford e GM
O custo médio por kWh das baterias pode aumentar, impactando diretamente a competitividade dos veículos no mercado nacional.
Tecnologia autônoma
Embora a Rivian tenha gerado lucro bruto de US$ 206 milhões no primeiro trimestre de 2025, a lucratividade líquida permaneceu negativa, com prejuízo superior a US$ 540 milhões. A receita automotiva caiu para US$ 922 milhões, mas a receita total cresceu devido a vendas de software e serviços, áreas que podem sustentar inovação em tecnologia autônoma e conectividade.
“Geramos lucro bruto no segundo trimestre consecutivo, embora os custos totais ainda impactem a rentabilidade líquida.”
(“We generated gross profit for the second straight quarter, though total costs still impact net profitability.”)— Rivian, divulgação oficial
Soluções autônomas no Level 3 podem ser futuras apostas para compensar demandas regulatórias e melhorar a experiência do usuário.
O cenário da mobilidade elétrica continua desafiador, com riscos regulatórios como a possível extinção do crédito fiscal federal de US$ 7.500 para EVs, o que pode dificultar ainda mais o crescimento da Rivian e demais fabricantes. Porém, a empresa segue focada na expansão de sua linha e inovação tecnológica, essencial para manter competitividade em um mercado emergente.
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Fonte: (TechCrunch – Mobilidade & EVs)