
São Paulo — InkDesign News — A Rethink Robotics Inc., uma das pioneiras em robôs colaborativos com braços de força e potência limitadas, encerrou suas atividades pela segunda vez em agosto de 2025, após enfrentar desafios significativos desde sua reabertura em 2024.
Tecnologia aplicada
A Rethink Robotics lançou produtos como o Baxter e o Sawyer, robôs colaborativos projetados para interagir de forma segura com humanos em ambientes industriais. O Baxter, apresentado em 2012, era equipado com dois braços e foi um dos primeiros exemplos de robôs colaborativos, enquanto o Sawyer, lançado em 2015, apresentava um design mais compacto e maior flexibilidade de programação. Ambos os robôs foram desenvolvidos com atuadores elásticos, o que, embora proporcionasse segurança, resultou em problemas com precisão e repetibilidade na produção. As mais recentes inovações da companhia incluíam os robôs Ryder e Riser, que visavam expandir as capacidades de automação.
Desenvolvimento e testes
Durante seu período de revitalização, a Rethink Robotics implementou rigorosos protocolos de teste para avaliar o desempenho de seus robôs. As métricas de avaliação incluíam a precisão da movimentação e a capacidade de interação com operadores humanos em ambientes produtivos. No entanto, conforme destacou Julia Astrid Riemenschneider, ex-CEO da Rethink, “os produtos não estavam prontos para serem lançados”, o que resultou em vendas abaixo do esperado. A empresa buscou validar seus robôs em feiras industriais, onde as expectativas eram altas, mas a realidade de desenvolvimento foi menos promissora.
Impacto e aplicações
Os robôs colaborativos da Rethink Robotics foram bem recebidos em setores de manufatura, prometendo aumentar a eficiência e reduzir custos operacionais. O uso do Baxter e do Sawyer em linhas de montagem ilustra a capacidade desses robôs de executar tarefas repetitivas, liberando os trabalhadores para funções mais complexas. “Foi devastador demitir uma equipe tão empolgada em ajudar a automatizar a indústria de manufatura das Américas”, lamentou Riemenschneider. O retorno sobre o investimento ainda está em debate, especialmente após o fechamento da empresa, o que deixa em aberto a continuidade de projetos realizados até então.
O futuro da propriedade intelectual da Rethink Robotics e a viabilidade de suas inovações continuam incertos. Contudo, análises setoriais indicam que o mercado de robôs colaborativos poderá entrar em um novo ciclo de crescimento a partir de 2024.
Fonte: (The Robot Report – Robótica & Automação)