Relógios biológicos revelam terapia para entender envelhecimento

Durham, EUA — InkDesign News — Pesquisadores da Duke University exploram a biotecnologia através de um procedimento inovador, conhecido como heterocronic parabiose, que sugere que a juventude compartilhada entre camundongos pode resultar em rejuvenescimento funcional e aumento da longevidade.
Contexto científico
A equipe liderada por Jim White, especialista em envelhecimento na Duke University, investiga as propriedades epigenéticas que influenciam o envelhecimento. A heterocronic parabiose, que conecta camundongos de idades diferentes, tem sido estudada como uma abordagem para entender o papel da circulação sanguínea na saúde e longevidade. Experimentos anteriores consideraram a técnica como uma maneira de observar como o jovens poderiam impactar a fisiologia dos mais velhos, mas novos dados sugerem um potencial de recuperação mais significativo entre os integrantes do grupo etário mais avançado.
Metodologia e resultados
No procedimento, realizado mais de uma centena de vezes, camundongos de três meses e 20 meses foram unidos cirurgicamente, permitindo a fusão dos sistemas circulatórios. Após três meses de conexão, equivalente a cerca de dez anos humanos, os resultados mostraram que os camundongos mais velhos apresentaram melhora significativa em suas funções biológicas e manutenção da força. As medições de idade epigenética revelaram que a circulação mais jovem parece ter desacelerado o envelhecimento nos camundongos idosos. White observou que “[eles viveram] cerca de 10% mais, mas [também] mantiveram muita [sua] função” (
They lived around 10% longer, but they also maintained a lot of [their] function.
(“Eles viveram cerca de 10% mais, mas também mantiveram muita da sua função.”)— Jim White, Pesquisador, Duke University
).
Implicações clínicas
Embora a pesquisa atual concentre-se em modelos murinos, as implicações em humanos podem ser significativas. Novas abordagens de tratamento podem emergir a partir da compreensão dos fatores que promovem a rejuvenescimento celular. Embora os testes em humanos ainda não estejam em andamento, as descobertas levantam questões sobre a viabilidade de terapias que mimetizem este processo natural. White enfatiza que a pesquisa avança, destacando que ainda há aspectos a serem desvendados sobre os impactos do sangue jovem nos mecanismos de envelhecimento.
Os jovens, ao serem conectados a camundongos mais velhos, mostraram uma aparente acentuação do envelhecimento, mas retornaram rapidamente ao seu status juvenil, indicando que os efeitos são muitas vezes temporários. O caminho daqui para frente envolve entender melhor como esses processos podem ser traduzidos em potenciais terapias. Assim, a pesquisa de White e sua equipe poderá abrir novas frentes na busca por intervenções que busquem proporcionar maior qualidade de vida entre os idosos.
Fonte: (MIT Technology Review – Biotecnologia e Saúde)