
São Paulo — InkDesign News — Em um cenário onde a privacidade digital é cada vez mais ameaçada, recentíssimas práticas do governo dos Estados Unidos suscitam preocupações sobre a vigilância em redes sociais, à medida que migrantes e cidadãos estão sob intenso escrutínio.
Contexto e lançamento
Com o avanço contínuo da administração Trump, novas diretrizes foram estabelecidas, especificamente com a meta de analisar perfis de redes sociais. Documentos vazados revelaram que o Departamento de Estado adotou um novo padrão para revisar as contas de mídias sociais de estudantes estrangeiros que desejam estudar em instituições renomadas como a Universidade de Harvard. Tais medidas configuram uma ampliação da vigilância, que já afeta legalmente imigrantes, negando benefícios com base em sua atividade online.
Design e especificações
O aplicativo Block Party, que surge como uma ferramenta para mitigar os riscos de exposição, oferece um plugin de navegador que auxilia os usuários a ajustar suas configurações de privacidade nas redes sociais. Com um custo anual de US$ 25, o aplicativo propõe um guia passo a passo para quem busca preservar seu espaço digital, especialmente em um contexto onde ações de imigração são influenciadas por opiniões expressas online.
O Block Party apoia serviços como Facebook, LinkedIn, Instagram e YouTube, oferecendo uma lista de configurações que podem ser alteradas para proteger a privacidade do usuário. Com essa ferramenta, é possível, por exemplo, desativar configurações relacionadas à representação corporativa em perfis profissionais, dificultando o rastreamento por parte de agências governamentais.
“Estamos vendo um aumento no interesse dado o comportamento do governo recentemente.”
(“We’ve definitely been seeing an uptick in interest given the activities of the government recently.”)— Tracy Chou, Fundadora e CEO, Block Party
Repercussão e aplicações
Com essas mudanças, a situação torna-se mais delicada não apenas para não cidadãos, mas também para cidadãos americanos que expressam opiniões dissonantes ao governo. Exemplos de detenções de influenciadores e advogados que se opuseram publicamente à administração Trump destacam o risco que indivíduos enfrentam ao compartilhar suas vozes online. Segundo relatos, Hasan Piker, um influenciador de esquerda, foi detido ao retornar dos EUA, devido a seus posicionamentos críticos.
“Se houver algo remotamente controverso, eu deletaria aquele post, privatizaria a conta ou até mesmo fecharia a conta.”
(“If there’s anything remotely controversial, I would delete that post, privatize the account, or even shut down the account.”)— Sophia Cope, Advogada Sênior, Electronic Frontier Foundation
Assim, a reação da comunidade e a crescente conscientização sobre as medidas de proteção digital colocam o Block Party como uma ferramenta essencial, oferecendo certa segurança aos seus usuários contra uma vigilância governamental profunda e potencialmente injusta.
Enquanto o debate sobre privacidade permanece na vanguarda das discussões sociais, assistiremos a uma evolução das ferramentas digitais que visam cultivar um ambiente de maior segurança online.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)