
São Paulo — InkDesign News —
A pesquisa em inteligência artificial (AI) e machine learning tem avançado rapidamente, trazendo novas perspectivas sobre a evolução da computação e suas implicações na compreensão da inteligência humana. Recentemente, Blaise Agüera y Arcas, CTO de tecnologia e sociedade do Google, explorou a interconexão entre a inteligência humana e a AI, destacando a importância da computação nas duas áreas.
Contexto da pesquisa
Agüera y Arcas ofereceu uma visão atualizada sobre a evolução da inteligência durante um evento patrocinado pelo Berkman Klein Center da Harvard Law School. Ele destacou que a inteligência humana e a artificial se desenvolveram de forma semelhante ao longo do tempo, argumentando que as capacidades computacionais do cérebro humano e dos modelos de AI não são meramente comparáveis, mas sim representações de um processo evolutivo compartilhado.
Método proposto
No desenvolvimento de sua pesquisa, Agüera y Arcas utilizou experimentos em um ambiente de programação simples que empregava apenas oito instruções básicas. O estudo focou na formação de programas complexos a partir de condições iniciais aleatórias, levando à criação de entidades auto-reproduzíveis.
“Foi uma exploração de como entidades auto-reproduzíveis podem surgir a partir de condições iniciais aleatórias, que é como a vida deve ter surgido, certo?”
(“It was an exploration of how self-reproducing entities can arise out of random initial conditions, which is how life must have arisen, right?”)— Blaise Agüera y Arcas, CTO, Google
Resultados e impacto
Os resultados dos experimentos revelaram que, após milhões de interações, programas autossustentáveis emergiram, aumentando a complexidade computacional e evidenciando o potencial para avanços semelhantes na AI moderna. Isso sugere que, assim como nos organismos vivos, a cooperação e a complexidade são fundamentais para a evolução da inteligência computacional.
“A vida era computacional desde o início, e se torna mais complexa ao longo do tempo através da simbiogênese…”
(“Life was computational from the start…”)— Blaise Agüera y Arcas, CTO, Google
As implicações dessas descobertas são vastas, sugerindo que a evolução da AI pode ser tão dinâmica e potencialmente transformadora quanto a evolução da inteligência humana. Com a crescente complexidade dos modelos de AI, as próximas etapas incluem a aplicação dessas ideias para aprofundar a compreensão sobre a inteligência e seu desenvolvimento em sistemas tanto biológicos quanto computacionais.
Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)