
São Paulo — InkDesign News — A equipe econômica do Brasil reduziu a projeção de receitas extraordinárias para 2025 em R$ 81 bilhões, conforme indicado no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do ano anterior. Esta revisão ocorre em um contexto de ajuste fiscal para lidar com pressões inflacionárias e uma recuperação do PIB ainda hesitante.
Panorama econômico
O cenário global permanece desafiador, com diversas economias enfrentando alto índice de inflação e taxas de juros elevadas. No Brasil, a decisão recente de reavaliar as expectativas de arrecadação reflete um contexto de insegurança jurídica e a necessidade de um controle mais rigoroso das políticas fiscais. O secretário da Receita Federal, Robinso Barreirinhas, comentou sobre os riscos associados à arrecadação, mencionando a retirada de R$ 28 bilhões em receitas esperadas do CARF devido ao aumento da insegurança jurídica.
Indicadores e análises
Os números revisados trazem à tona a necessidade de ser conservador nas expectativas de arrecadação. Além da retirada de R$ 28 bilhões do CARF, houve a eliminação de R$ 26 bilhões previstos com transações tributárias e a projeção de R$ 20 bilhões em controle de benefícios fiscais. No entanto, um aumento de R$ 10 bilhões na previsão de dividendos a serem pagos à União, agora estimados em R$ 43,4 bilhões, foi um ponto positivo na revisão. “De agora em diante, não devemos ter sobressalto em relação à receita [extraordinária]. O que entrar de agora em diante é notícia positiva”, afirmou Barreirinhas em coletiva de imprensa para detalhar o relatório de receitas e despesas nesta quinta-feira (22).
Impactos e previsões
As revisões na arrecadação terão efeitos diretos na indústria e no consumidor. Especialistas sugerem que a falta de medidas concretas para compensar a desoneração da folha, que custou R$ 55 bilhões aos cofres públicos, pode levar a um aumento da carga tributária sobre outros segmentos da economia. Dario Durigan, secretário Executivo do Ministério da Fazenda, reforçou a ideia de que a equipe econômica aprendeu com os desafios anteriores, destacando a forma conservadora de atuação para melhor controle orçamentário.
A equipe econômica ganhou “maturidade” com as estimativas do Carf no ano passado, quando o governo preveu arrecadar mais de R$ 50 bilhões e só conseguiu R$ 300 milhões.
(“The economic team gained ‘maturity’ with the Carf estimates last year when the government expected to collect over R$ 50 billion and only managed R$ 300 million.”)— Dario Durigan, Secretário Executivo, Ministério da Fazenda
À medida que o governo aguarda mais informações sobre a tributação do setor de eventos, fica patente que a necessidade de um planejamento orçamentário mais robusto é urgente. A equipe econômica precisa não apenas recuperar a confiança do mercado, mas também encontrar formas inovadoras de expandir a arrecadação sem sobrecarregar o consumidor.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)