
São Paulo — InkDesign News — O representante Gerald Connolly, membro de destaque do Comitê de Supervisão da Câmara dos EUA, iniciou uma investigação sobre a fintech Ramp, que está sob suspeita de receber tratamento preferencial em sua proposta por um contrato federal de $25 milhões. A ação levanta questões sobre a transparência e a experiência da empresa em concorrências públicas.
Rodada de investimento
A Ramp, que atua na gestão de despesas, teve um crescimento significativo desde sua fundação em 2019. A empresa agora possui uma avaliação de $13 bilhões, após uma venda secundária de ações que arrecadou $150 milhões. Desde o início, a fintech levantou mais de $1 bilhão em financiamentos de capital, além de $700 milhões em dívida comprometida.
A startup Ramp confirmou que está “competindo em um processo de aquisição padrão para um programa piloto do SmartPay com base na força de nossa solução.”
— Lindsay McKinley, Chefe de Comunicações, Ramp
API e integração
Atualmente, o programa de cartões de despesas do governo, denominado SmartPay, representa um mercado de $700 bilhões. O contrato atual é fornecido por Citibank e US Bank, duas das maiores instituições financeiras do país, que são os bancos oficiais do programa. A iniciativa da Ramp de entrar nesse espaço vem após ela observar um post público do Departamento de Eficiência Governamental, que forneceu dados relevantes sobre a quantidade de cartões ativos e transações.
Regulação
Connolly expressou preocupações sobre a falta de experiência contratual federal da Ramp, ressaltando que seus investidores incluem figuras aliadas a Trump, como Peter Thiel e Jeb Bush. O congressista solicitou à General Services Administration (GSA) uma lista detalhada das interações entre representantes da GSA e da Ramp, destacando a necessidade de transparência em processos de contratação pública.
“Ramp allegedly has zero federal contracting experience,” Connolly wrote in his letter.
— Gerald Connolly, Representante, EUA
Com o crescimento e a recente atenção da investigação, a Ramp terá que navegar por um cenário crítico, buscando garantir não apenas a validação de seu produto, mas também a confiança em seus processos de concorrência. A empresa ainda não comentou a investigação realizada por Connolly e segue adiante em sua proposta de contrato.
Nos próximos meses, a fintech deverá focar em aumentar sua presença no setor de pagamentos governamentais e esclarecer sua situação com as agências federais.
Fonte: (TechCrunch – Fintech & Pagamentos)