
São Paulo — InkDesign News — A startup Rainmaker Technology está enfrentando resistência da associação de pilotos de linha aérea ao solicitar a aprovação do uso de drones para disseminar flares de semeação de nuvens. Esta proposta poderá impactar a regulamentação de modificações climáticas por sistemas aéreos não tripulados no futuro.
Resistência à Inovação
A Air Line Pilots Association (ALPA) manifestou preocupações sobre a segurança da iniciativa, alegando que a petição da Rainmaker “não demonstra um nível equivalente de segurança” e representa “um risco extremo à segurança”. A startup busca uma isenção das regras que proíbem o uso de drones pequenos para transportar materiais perigosos.
“Não demonstra um nível equivalente de segurança”
— ALPA
Visão Geral do Projeto
A Rainmaker propõe o uso de dois tipos de flares em seu quadricóptero Elijah, um “burn-in-place” e outro ejectável, para dispersar partículas que estimulam a precipitação. Com uma altitude máxima de 15.000 pés MSL e operações planejadas principalmente em áreas rurais, a empresa precisará obter autorização da Aviação Civil para voos dentro do espaço aéreo controlado.
“Os voos ocorrerão em áreas rurais e sobre propriedades de proprietários privados.”
— Rainmaker Technology
Precedentes de Semeação de Nuvens
A semeação de nuvens já é uma prática comum, especialmente no Oeste dos EUA, utilizando aviões tripulados em coordenação com agências estaduais para estimular a precipitação, beneficiando estâncias de esqui e distribuidoras de água.
A prática data da década de 1950 e envolve a pulverização de pequenas partículas, como iodeto de prata, que têm a capacidade de induzir a precipitação ao interagir com gotas de água super-resfriadas.
Segurança e Mitigações
A Rainmaker argumenta que a utilização de drones pode ser uma alternativa mais segura no longo prazo. A proposta inclui um piloto remoto e equipes treinadas, com rigorosos protocolos de segurança.
“Os perfis de voo são rigidamente controlados.”
— Rainmaker Technology
A decisão da FAA será crucial para a continuidade e o futuro das abordagens inovadoras de semeação de nuvens, podendo definir o contexto normativo para operações semelhantes no horizonte próximo.
Fonte: (TechCrunch )