
Brasília — InkDesign News — O Partido dos Trabalhadores (PT) ajuizou, em 8 de maio, ação de indenização por danos morais contra o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em decorrência de declarações públicas que associam o partido a um esquema de corrupção envolvendo descontos irregulares na folha de pagamento do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Contexto político
O episódio ocorre em meio a investigações sobre irregularidades no INSS, que apontam desvios superiores a R$ 6 bilhões. As investigações demonstram que os descontos irregulares tiveram início em 2019, no primeiro ano do governo Bolsonaro (PL). No início de maio, Zema publicou em sua conta no X (antigo Twitter) questionamentos sobre a falta de demissões no governo federal frente às revelações, além de sugerir que o PT manteria uma postura de cumplicidade:
“Queremos CPI, investigação sem blindagem, e cadeia para quem roubou. Roubar aposentado é covardia. Proteger ‘companheiro’ corrupto é cumplicidade.”
— Romeu Zema, Governador de Minas Gerais
O PT contesta as afirmações, classificando-as como “falsas” e desprovidas de embasamento, e acusa Zema de disseminar desinformação por meio de seu alcance digital. A iniciativa judicial exige a retirada das publicações e o pagamento de R$ 30 mil em indenização.
Reações e debates
A repercussão da ação judicial se dá em meio a um cenário de polarização política, onde acusações de corrupção e defesas acaloradas se tornam frequentes. O PT enfatiza que as declarações do governador são ofensivas e comprometem a imagem do partido. O governo de Minas, até a publicação desta reportagem, não se manifestou oficialmente, mantendo aberta a possibilidade de resposta.
“Mais de R$ 6 bilhões foram desviados do INSS e só um ministro caiu? Mais uma vez, a corrupção mostra sua cara no governo do PT.”
(“More than R$ 6 billion was diverted from INSS and only one minister fell? Once again, corruption shows its face in the PT government.”)— Romeu Zema, Governador de Minas Gerais
O debate político se desdobra ainda em pedidos no Congresso para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), destinada a investigar de forma ampla o caso INSS, tema que repercute entre diferentes forças políticas.
Desdobramentos e desafios
O desfecho do caso terá impacto direto nas investigações relacionadas aos descontos irregulares e pode preceder iniciativas legislativas para fortalecer o controle sobre órgãos federais. A ação judicial do PT sublinha a tensão entre narrativas partidárias e a necessidade de aprofundamento nas apurações.
Os próximos passos deverão envolver resposta judicial às alegações, além da continuidade das investigações no âmbito legislativo e administrativo. A agenda política tende a ser impactada pelo enfrentamento das consequências do caso INSS e pela busca por maior transparência na gestão pública.
Fonte: (CNN Brasil – Política)