
Brasília — InkDesign News — No Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio, diferentes iniciativas no Distrito Federal buscam promover a inclusão e o apoio a pessoas com transtornos mentais. Entre elas, a Companhia Atravessa a Porta, que realiza um projeto de teatro e cinema voltado para pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Contexto e objetivos
Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) têm como objetivo fornecer tratamento a pessoas em sofrimento psíquico e a usuários de substâncias. O projeto de teatro e cinema, desenvolvido pelo grupo Atravessa a Porta, se destina a promover a expressão artística como forma de resgate da autoestima e construção de vínculos sociais. O público-alvo inclui pacientes em tratamento e busca melhorar a qualidade de vida de seus integrantes.
Metodologia e resultados
O projeto, que conta com 13 anos de atividade, envolve oficinas de arte na busca de uma abordagem integrativa ao tratamento. Neste contexto, Marcus Danyel Martins, um dos participantes, afirma:
“No hospital, é muito medicamento e pouca gente conversando com você. Já no Caps, o pessoal é mais atencioso. Dá até para fazer algumas amizades.”
(“In the hospital, there are many medicines and few people talking to you. Here in the Caps, the staff is more attentive. You can even make some friends.”)— Marcus Danyel Martins, Aluno do projeto de teatro e cinema da Companhia Atravessa a Porta
A criação artística é vista como uma ponte que liga o universo particular ao social, permitindo que indivíduos compartilhem suas experiências.
Implicações para a saúde pública
Iniciativas como a da Companhia Atravessa a Porta fornecem um modelo a ser seguido na implementação de políticas públicas que priorizem a dignidade e os direitos dos pacientes em saúde mental. A psicóloga Amanda Gayatri enfatiza a importância desses projetos, que estimulam a criatividade e a inclusão social:
“O próprio ato de criar também é integrador: uma ponte para o mundo.”
(“The act of creating is also integrative: a bridge to the world.”)— Amanda Gayatri, Psicóloga, Companhia Atravessa a Porta
A abordagem evidencia que o cuidado em liberdade e a promoção de direitos culturais e sociais são fundamentais para a ressocialização de indivíduos em tratamento.
A experiência de pacientes como Rogério, que participa do processo de ressocialização no Caps, demonstra a eficácia dessas iniciativas em proporcionar um espaço de apoio mútuo e crescimento pessoal. Neste sentido, há uma necessidade crescente de políticas que reconheçam a contribuição desses indivíduos à sociedade.
As recomendações passam por garantir suporte financeiro e estrutural a projetos que visem a inclusão e a expressão artística, com o objetivo de expandir as ações de cuidado em liberdade e resgatar a dignidade de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)