
São Paulo — InkDesign News — A empresa de segurança cibernética Prophet Security anunciou uma nova fase na defesa digital, utilizando inteligência artificial (IA) autônoma para lidar com as crescentes ameaças cibernéticas. Com um financiamento de US$ 30 milhões, a startup se coloca na vanguarda de uma transição crítica de abordagens tradicionais de segurança para modelos baseados em IA.
Tecnologia e abordagem
A Prophet desenvolveu a Agentic AI SOC Platform, um sistema que opera com agentes autônomos em vez de modelos "copilot" mais comuns. A arquitetura de RAG (Retrieval-Augmented Generation) é central nesse novo modelo, onde a IA não só responde a alertas mas inicia investigações autonomamente, reunindo evidências e fundamentando decisões sem a necessidade de intervenção humana. “Uma vez que um alerta é acionado, ele imediatamente vai e completa a investigação”, explica Kamal Shah, co-fundador e CEO da Prophet Security.
Aplicação e desempenho
A plataforma da Prophet conseguiu realizar mais de um milhão de investigações autônomas nos últimos seis meses, economizando cerca de 360 mil horas de tempo em investigações, com um salto na rapidez das respostas em até 10 vezes. Em um setor onde 960 alertas de segurança são gerados diariamente, com até 40% não investigados, essa solução se torna essencial. Shah ressalta que “o número um de reclamações dos clientes é o excesso de alertas e muitos falsos positivos”.
Impacto e mercado
O desemprego de profissionais qualificados na área de segurança cibernética, com 5 milhões de vagas abertas globalmente, complica ainda mais a situação. Com a automação promovida pela Prophet, as equipes podem focar em questões mais críticas, potencialmente elevando a eficiência operacional sem eliminar o emprego humano. A previsão da Deloitte indica que 40% de grandes empresas adotarão sistemas automáticos até 2025, refletindo uma transformação no modo como as organizações encaram a defesa digital.
A Prophet pretende usar o financiamento para expandir suas capacidades, integrando sua plataforma a ferramentas existentes de gestão de segurança. O investimento da Accel não apenas dá respaldo financeiro, mas também reforça a confiança do mercado nas soluções autonomamente geridas em um cenário onde a velocidade e a escala dos ataques superam a capacidade humana de resposta.
O futuro da segurança cibernética parece inclinar-se para uma era em que a inteligência artificial será a frente de combate principal, um esforço onde humanos permanecem envolvidos apenas nas decisões estratégicas.
Fonte: (VentureBeat – AI)