
Brasília — InkDesign News — A segunda edição do Edital Black STEM prorroga até 12 de maio o prazo de inscrições para bolsas destinadas a estudantes negros brasileiros em cursos internacionais nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, reforçando investimento em inovação pedagógica e apoio acadêmico.
Contexto educacional
O cenário educacional brasileiro apresenta desafios significativos na promoção da equidade racial no ensino superior, especialmente nas áreas de STEM (sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática). Indicadores nacionais apontam a sub-representação de estudantes negros em programas acadêmicos internacionais, onde barreiras econômicas e sociais limitam o acesso a currículos avançados. Segundo dados recentes, o percentual de estudantes negros em universidades estrangeiras nestas áreas ainda é bastante tímido, reforçando a necessidade de políticas focadas em inclusão e permanência desses estudantes no exterior.
Políticas e iniciativas
O Fundo Baobá para Equidade Racial, com o apoio da B3 Social, ampliou sua atuação ao lançar a segunda edição do Edital Black STEM, que oferece três bolsas complementares de R$ 35 mil para pessoas negras (autodeclaradas pretas ou pardas). O edital visa cobrir despesas anuais como moradia, transporte, alimentação, materiais acadêmicos e mensalidades, direcionando recursos para estudantes aprovados em cursos de graduação em instituições estrangeiras, com início em 2025. A iniciativa destaca a importância do acompanhamento psicológico, mentorias individuais e coletivas, além da conexão com lideranças negras. O edital reforça a validação de bolsas integrais ou parciais já obtidas ou em processo de obtenção, incluindo cursos em universidades públicas com subsídios.
“O programa oferece suporte fundamental para a permanência e integração acadêmica dos estudantes negros em ambientes internacionais, fortalecendo trajetórias de sucesso.”
— Fundo Baobá para Equidade Racial
Desafios e perspectivas
Apesar dos avanços, o enfrentamento da desigualdade racial no acesso à educação superior internacional ainda enfrenta entraves como infraestrutura inadequada e limitações financeiras. A presença reduzida de estudantes negros em áreas STEM evidencia a necessidade de políticas contínuas e investimento em suporte acadêmico e social. O acompanhamento psicológico e as mentorias previstas pelo programa Black STEM são estratégicos para mitigar efeitos de isolamento e dificuldades culturais. A expansão dessas iniciativas pode ampliar a representatividade e fortalecer o desenvolvimento científico e tecnológico do país a longo prazo.
“É fundamental que políticas de apoio contemplem não somente a bolsa financeira, mas também o suporte integral para o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos estudantes.”
— Especialista em Políticas Educacionais, Universidade Federal do Rio de Janeiro
O edital tem impacto direto na formação de líderes negros nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, promovendo inclusão e inovação pedagógica. O acompanhamento até a divulgação dos selecionados em 8 de julho reforça o compromisso com a transparência e a eficiência do processo seletivo, delineando um futuro promissor para a política educacional voltada à equidade racial.
Fonte: (Agência Brasil – Educação)