
Brasília — InkDesign News — A Confederação Nacional do Transporte (CNT) anunciou sua participação na COP30, que ocorre neste ano, com o objetivo de debater alternativas de descarbonização no setor de transportes. O presidente da entidade, Vander Costa, destacou a importância da conferência para buscar soluções com a indústria e o empresariado, em um cenário marcado por desafios econômicos como inflação e juros elevados.
Panorama econômico
O debate sobre a descarbonização do transporte chega em um momento de instabilidade econômica global, com pressões inflacionárias e altas taxas de juros que afetam os investimentos em infraestrutura. A política monetária adotada por vários países tem como foco conter a inflação, o que impacta diretamente os custos das operações e os planos de expansão no setor. No Brasil, o setor de transportes enfrenta desafios adicionais relacionados à necessidade de modernização e adaptação a energias mais limpas, conforme destacam os debates na COP30.
Indicadores e análises
A CNT planeja apresentar propostas para todos os modais de transporte, enfatizando o biometano como uma alternativa energética viável. Segundo Vander Costa, “O biometano é um destaque, e vamos dar luz a isso” (“Biometano é um destaque, e vamos dar luz a isso”), sinalizando a potencialidade dessa fonte para reduzir emissões e custos operacionais. Para o transporte rodoviário, a entidade indica o hidrogênio como uma dos caminhos mais promissores. Na avaliação do presidente da CNT, “Talvez seja a solução mais viável nesse modal” (“Talvez seja a solução mais viável nesse modal”).
Além disso, os custos de financiamento elevados dificultam a implementação de soluções inovadoras e investimentos em infraestrutura, especialmente nas rodovias, setor central para o escoamento de cargas no país. Esses fatores ampliam a complexidade do cenário econômico e obrigam a CNT a buscar parcerias estratégicas com a indústria e o empresariado.
Impactos e previsões
As discussões e propostas da CNT na COP30 devem impactar diretamente a indústria do transporte, que busca reduzir emissões sem comprometer a eficiência operacional. A introdução do biometano e do hidrogênio no mix energético pode trazer mudanças significativas nos modais rodoviários e outros transportes, caso haja políticas públicas de incentivo e investimento em tecnologia.
“Vamos à COP discutir com a indústria e com os empresários por soluções mais eficientes para o transporte”
(“We will go to the COP to discuss with the industry and businesspeople about more efficient solutions for transportation”)— Vander Costa, Presidente da CNT
Especialistas indicam que a adoção dessas tecnologias, combinada com o alinhamento das políticas de juros e investimentos, será crucial para garantir a competitividade do setor frente aos desafios econômicos globais e às demandas ambientais emergentes.
Nos próximos meses, espera-se que as propostas discutidas na conferência se traduzam em políticas concretas que promovam a descarbonização do transporte, desafiando tanto o empresariado quanto os formuladores de políticas a equilibrar crescimento econômico e sustentabilidade ambiental.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)