
São Paulo — InkDesign News — A partir de 16 de setembro, trabalhadores com crédito consignado podem transferir dívidas de instituições financeiras diversas para o programa Crédito do Trabalhador, que oferece juros significativamente mais baixos, na expectativa de aliviar a pressão inflacionária sobre as famílias.
Panorama econômico
Com a recente elevação da taxa Selic para 13,75% ao ano, o cenário econômico do Brasil continua a ser desafiador. O governo busca estratégias para conter a inflação e estimular o crescimento econômico através de políticas fiscais e monetárias. O programa Crédito do Trabalhador surge como uma iniciativa para proporcionar alívio financeiro, especialmente em tempos de aumento de custo de vida, ao permitir que trabalhadores com carteira assinada troquem dívidas onerosas por condições mais favoráveis.
Indicadores e análises
As novas condições do Crédito do Trabalhador apresentam taxas de juros que variam de 1,6% a 3% ao mês, em comparação aos 7% a 8% praticados em linhas tradicionais de crédito direto ao consumidor (CDC). Em média, o valor liberado por contrato no programa atingiu R$ 5.383,22, com uma média de 17 parcelas e uma prestação mensal aproximada de R$ 317,20. “A redução das taxas de juros para a troca de dívida é obrigatória”, diz a medida provisória que institui o programa.
Impactos e previsões
Essa manobra financeira pode resultar em um aumento na capacidade de consumo das famílias, ao reduzir a pressão sobre a renda mensal. Entretanto, a eficácia do programa dependerá da adesão dos trabalhadores e da resposta das instituições financeiras. “O trabalhador que não encontrar condições vantajosas pode optar pela portabilidade de crédito para outra instituição”, afirma a fonte. Especialistas acreditam que a migração de dívidas pode ter um impacto positivo no comportamento do consumidor no curto prazo, embora analisem a necessidade de um acompanhamento contínuo dos efeitos na inflação e na saúde financeira das famílias.
Os desdobramentos da adesão ao programa deverão ser avaliados nas próximas semanas, conforme os trabalhadores começarem a buscar melhores condições de crédito e as instituições financeiras ajustarem suas ofertas.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)