Nova York — InkDesign News — Os contratos futuros do petróleo registraram queda na quarta-feira (7), influenciados pelo fortalecimento do dólar e pela persistente incerteza acerca da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que pretendem retomar negociações tarifárias no próximo fim de semana, impactando a inflação, o mercado de juros e as expectativas de crescimento global.
Panorama econômico
O mercado global de petróleo sofre uma pressão significativa à medida que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anunciou planos para acelerar o aumento da produção, levantando receios de excesso de oferta. Esses movimentos ocorrem em um cenário delicado de tarifas de importação impostas pelos EUA, que limitam as perspectivas de crescimento da demanda mundial.
No âmbito das políticas monetárias, o Federal Reserve (Fed) confirmou a manutenção da taxa básica de juros na faixa de 4,25% a 4,50%, decisão que reforça o fortalecimento do dólar frente a outras moedas, impactando diretamente os preços das commodities, como o petróleo. Simultaneamente, os Estados Unidos enfrentam tensões comerciais com a China, ainda indefinidas, que colaboram para a volatilidade nos mercados.
Indicadores e análises
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos do petróleo WTI para junho apresentaram retração de 1,73%, fechando a US$ 58,07 o barril. Já o Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 1,66%, alcançando US$ 61,12 o barril. O Departamento de Energia dos EUA (DoE) reportou uma queda de 2 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto na última semana, enquanto os estoques de gasolina aumentaram pela primeira vez em mais de dois meses.
Adicionalmente, produtores norte-americanos, como a Diamondback Energy e a Coterra Energy, estão reduzindo a atividade de perfuração em função dos preços baixos da commodity, uma movimentação que pode levar à redução dos estoques globais e, consequentemente, contribuir para a recuperação dos preços no médio prazo.
Impactos e previsões
“A aceleração da produção pela Opep+ mantém os compradores em alerta, pois existe o risco de uma pressão adicional de oferta em um momento de incertezas quanto à demanda global.”
(“OPEC+ plans to accelerate production keep buyers cautious amid demand uncertainty.”)— Analista de Energia, Mercado Global
Os efeitos desse contexto afetam a cadeia produtiva do petróleo, influenciando desde investimentos na exploração até os preços finais para consumidores e indústrias dependentes do insumo. A volatilidade nos preços pode provocar ajustes estratégicos nas reservas e na logística de distribuição.
“A decisão do Fed de manter os juros reforça o dólar forte, o que historicamente exerce pressão negativa sobre os preços do petróleo, uma vez que o barril é cotado na moeda americana.”
(“Fed’s decision to hold rates supports a strong dollar, which historically puts downward pressure on oil prices.”)— Economista-Chefe, Instituto Financeiro
O mercado aguarda a continuidade das negociações comerciais entre as maiores economias do mundo, que podem estabelecer um novo patamar para tarifas e regulamentos, impactando a dinâmica da oferta e demanda global.
Nos próximos desdobramentos, o setor observará a evolução dos estoques e produções norte-americanas, além da capacidade da Opep+ em ajustar seus planos de produção conforme a resposta do mercado internacional, o que poderá modular o equilíbrio entre oferta e demanda e influenciar os preços futuros.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)
