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Ciência & Exploração

Pesquisadores mostram que Ozempic realça sabor e reduz desejo

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Viena — InkDesign News — Novas evidências apresentadas no Congresso Anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD), em Viena, revelam que medicamentos utilizados para controle de peso, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, podem alterar a percepção de sabor em pacientes, tornando alimentos mais doces ou salgados. O estudo, publicado no periódico Diabetes, Obesity and Metabolism, investigou ainda a relação entre essas mudanças sensoriais e o apetite.

O Contexto da Pesquisa

Pesquisas anteriores já demonstravam o impacto dos agonistas de GLP-1, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, na regulação do apetite e no emagrecimento. No entanto, persistia a dúvida quanto à influência desses medicamentos sobre a percepção de sabor entre pacientes em tratamento para obesidade. Conforme destaca Othmar Moser, da Universidade de Bayreuth, Alemanha, que liderou o estudo:

“Terapias baseadas em incretinas, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, são amplamente utilizadas para o manejo do peso, mas seu efeito na percepção de sabor ainda era incerto.”
(“Incretin-based therapies such as Ozempic, Wegovy and Mounjaro are widely used for weight management but their effect on taste perception has been unclear.”)

— Othmar Moser, Professor, Universidade de Bayreuth

Resultados e Metodologia

O estudo coletou dados de 411 indivíduos com sobrepeso ou obesidade em tratamento com um dos três medicamentos, todos por mais de três meses: 148 usavam Ozempic, 217 Wegovy e 46 Mounjaro, com média de IMC entre 34,7 kg/m² e 36,2 kg/m² antes do início.
Foram aplicados questionários online sobre possíveis modificações na percepção sensorial — doçura, salinidade, acidez e amargor —, apetite, saciedade, desejos alimentares e mudanças de peso. Aproximadamente 21,3% relataram alimentos mais doces e 22,6% mais salgados. A percepção de amargo e azedo permaneceu inalterada.
O percentual de pacientes que notou aumento na sensação de sal, por exemplo, foi maior no grupo Wegovy (26,7%), comparado ao Ozempic (16,2%) e Mounjaro (15,2%). Já a percepção de doçura foi relatada de modo similar entre os grupos. Mais da metade (58,4%) indicou redução geral da fome, sendo Ozempic (62,1%) o mais relatado, seguido de Wegovy (54,4%) e Mounjaro (56,5%).
O levantamento apontou ainda que participantes com mudança na percepção de doçura foram duas vezes mais propensos a relatar saciedade precoce e apresentaram 67% mais chances de queda no apetite, além de 85% mais chances de redução de desejos alimentares.

Implicações e Próximos Passos

A investigação sugere que as alterações de sabor podem contribuir para maior controle do apetite, embora não estejam diretamente associadas à redução do IMC. Othmar Moser explica:

“Esses medicamentos atuam não só no intestino e regiões cerebrais que controlam a fome, mas também nas células das papilas gustativas e áreas cerebrais de processamento do sabor e recompensa. Isso pode modificar como sabores intensos, como doçura e sal, são percebidos, afetando, por consequência, o apetite.”
(“These drugs act not only in the gut and brain areas that control hunger but also on taste bud cells and brain regions that process taste and reward. This means they can subtly change how strong flavours, like sweetness or saltiness, are perceived. This, in turn, may affect appetite.”)

— Othmar Moser, Professor, Universidade de Bayreuth

Apesar das limitações — como o caráter auto-relatado dos dados e a representatividade amostral —, o estudo propõe que acompanhar alterações no paladar pode indicar resposta ao tratamento farmacológico.

A pesquisa abre caminho para que médicos monitorem mais de perto as mudanças sensoriais em pacientes sob tratamento para obesidade, considerando tais informações em abordagens personalizadas, inclusive em orientações alimentares. Investigações futuras devem aprofundar o impacto dessas modificações na adesão ao tratamento e no bem-estar dos pacientes, além de esclarecer se intervenções dietéticas adaptadas ao novo perfil sensorial podem otimizar os resultados terapêuticos.

Fonte: (ScienceDaily – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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