John Viveiros
Westport, Massachusetts — InkDesign News — Um artesão de Tiverton, Rhode Island, chamou atenção este mês ao exibir uma árvore de Natal de 4,5 metros construída com dezenas de milhares de pedaços de vidro do mar reciclado durante o South Coast Harvest Festival, em Westport. O projeto evidencia uma convergência entre arte, reutilização sustentável e sensibilização ambiental, destacando o potencial do reaproveitamento de materiais para fins culturais.
O Contexto da Pesquisa
Projetos de reaproveitamento artístico têm ganhado espaço como resposta à crescente preocupação global com resíduos e poluição costeira. John Viveiros, arborista, alpinista de árvores e soldador, atua há décadas na coleta e transformação de materiais descartados das praias da região. O vidro do mar — fragmentos de vidro lapidados por anos de exposição às águas e à areia — é comumente encontrado em áreas costeiras de intenso histórico marítimo.
“Onde encontro meus materiais, o tráfego marítimo acontece desde os séculos XVI e XVII.”
(“Luckily, where I find all mine is an area where the traffic’s been going on since the 16 and 1700s.”)— John Viveiros, Artesão, Yard Arts
A prática, iniciada como hobby junto de sua esposa há cerca de vinte anos, ilustra o desenvolvimento de iniciativas artesanais ambientalmente conscientes.
Resultados e Metodologia
A árvore monumental surgiu da combinação de um pesado volante de inércia como base, um poste metálico de 4,5 metros e uma estrela de anjo posicionada ao topo. As milhares de peças de vidro, meticulosamente amarradas com nós duplos e linha de pesca — técnica desenvolvida pela experiência do artesão em trabalhos aéreos — são espaçadas para que “cada peça tenha seu próprio destaque visual”.
“Dou espaço para cada peça, para que cada uma tenha seu aspecto único quando exibida.”
(“I give them space, so that way, when it’s displayed, each piece is not on top of the other, and it has its own unique look.”)— John Viveiros, Artesão, Yard Arts
Além da árvore, Viveiros utiliza as variações cromáticas do vidro para criar cortinas e outras peças artísticas para o próprio quintal, reforçando o caráter exploratório e experimental de seu processo criativo.
Implicações e Próximos Passos
A iniciativa de Viveiros transcende o propósito decorativo, expressando reflexões sobre resiliência e transformação. O vidro, antes considerado lixo oceânico, adquire novo valor ao ser integrado a obras de arte e instalações públicas, ilustrando caminhos possíveis para a economia circular e a revalorização de resíduos em contexto social e cultural.
O artesão destaca o aspecto simbólico do trabalho:
“Às vezes, é preciso passar pelas tempestades da vida para se tornar algo polido diante dos desafios.”
(“Sometimes, you have to tumble, and go through the storms of life to be polished up for life’s challenges.”)— John Viveiros, Artesão, Yard Arts
As perspectivas apontam para uma ampliação do uso do vidro do mar em ações educativas e projetos de revitalização comunitária, inspirando outros entusiastas do faça-você-mesmo (DIY) a explorar o potencial dos resíduos como matéria-prima sustentável e transformadora.
O trabalho de Viveiros sugere que o futuro da arte ambiental depende tanto da capacidade de inovação artesanal quanto do engajamento coletivo em soluções criativas para resíduos, contribuindo ao mesmo tempo para a cultura, sustentabilidade e a ciência cidadã.
Fonte: (Popular Science – Ciência)





