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Ciência & Exploração

Pesquisa revela termostato oculto que pode intensificar resposta climática

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Riverside, Califórnia — InkDesign News — Um novo estudo revela que a Terra pode “supercompensar” o excesso de dióxido de carbono (CO2) atmosférico causado por atividades humanas, o que pode fazer com que a próxima era do gelo aconteça em seu tempo previsto, contrariando previsões anteriores que sugeriam um adiamento de dezenas de milhares de anos.

O Contexto da Pesquisa

Pesquisadores vêm investigando como o planeta regula seu clima em escalas de tempo geológicas. Desde os anos 1980, teorizava-se sobre um “termostato” de intemperismo de silicatos, processo em que a chuva captura CO2 e o deposita em rochas silicatadas, que compõem cerca de 90% da crosta terrestre. Esse CO2 é eventualmente convertido em calcário e giz no fundo do mar, removendo-o da atmosfera por milhões de anos. Contudo, esse mecanismo age vagarosamente — podendo levar até um milhão de anos para equilibrar alterações significativas nas concentrações de CO2 e, por isso, não explicava eventos climáticos mais abruptos, como os ciclos glaciais e interglaciais a cada 100 mil anos.

Resultados e Metodologia

O novo estudo, conduzido por cientistas da Universidade da Califórnia, Riverside, e da Universidade de Bremen, modelou a interação entre a atividade de intemperismo de silicatos e um segundo “termostato” impulsionado pela ciclagem do fósforo. A pesquisa foi inspirada na tese de doutorado de Dominik Hülse, que demonstrou uma forte correlação entre intensos períodos de vulcanismo e grandes depósitos de carbono orgânico em sedimentos oceânicos.

Ao incorporar este mecanismo em um modelo global do ciclo do carbono, os cientistas identificaram que, em um mundo mais quente, mais fósforo é transportado para os oceanos, alimentando florescimentos de fitoplâncton. Ao morrerem, esses organismos levam carbono e fósforo ao leito marinho. Em águas oceânicas aquecidas e pobres em oxigênio, o fósforo é reciclado rapidamente, contribuindo para um ciclo que retira grandes quantidades de CO2 da atmosfera e esfria o planeta.

“O termostato de carbono orgânico é um pouco como o termostato de silicato, exceto pelo fato de possuir esse supercarregador.”
(“The organic carbon thermostat is a little bit like the silicate thermostat, except it has this supercharger.”)

— Andy Ridgwell, Professor de Geologia, Universidade da Califórnia, Riverside

A pesquisa mostrou que, enquanto o intemperismo de silicatos pode levar até um milhão de anos para remover o excesso de carbono, o novo “termostato” orgânico-fosfórico pode corrigir esse desequilíbrio em cerca de 100 mil anos.

Implicações e Próximos Passos

A descoberta não oferece alívio imediato para os impactos do aquecimento global atual, já que estes persistirão por séculos a milênios. No entanto, desafia previsões de que a atual era interglacial seria estendida indefinidamente pela emissão humana de CO2 — sugerindo, ao contrário, que os mecanismos naturais podem devolver a próxima era do gelo ao seu cronograma original.

“Não significa que estaremos a salvo do aquecimento global nos próximos 100 ou mesmo 1.000 anos.”
(“It’s not to say that we will be safe from global warming in the next 100 or even 1,000 years.”)

— Dominik Hülse, Matemático e Modelador Biogeoquímico, Universidade de Bremen

Os cientistas alertam que ainda não está claro como esse segundo termostato responderá ao atual contexto de oceanos ricos em oxigênio e mudanças antrópicas rápidas. Entretanto, ele pode atuar como força de compensação, restabelecendo o ciclo natural das eras do gelo.

Nas próximas décadas, o aprofundamento dos modelos que unem os ciclos de carbono, fósforo e mudanças oceanográficas poderá redefinir as previsões sobre o futuro climático da Terra, afetando estratégias de mitigação e compreensão dos ciclos planetários.

Fonte: (Live Science – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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