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Ciência & Exploração

Pesquisa revela mecanismo oculto que acelera o metabolismo

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St. Louis, Estados Unidos — InkDesign News — Uma equipe de cientistas da Washington University School of Medicine revelou um novo mecanismo pelo qual a gordura marrom, conhecida por queimar energia, pode impulsionar o metabolismo corporal. O estudo, conduzido em camundongos e publicado em 17 de setembro na revista Nature, sugere potenciais avanços no tratamento de condições metabólicas como resistência à insulina e obesidade.

O Contexto da Pesquisa

A gordura marrom difere da gordura branca ao converter energia dos alimentos em calor, especialmente útil para aquecer o corpo em ambientes frios. Enquanto a gordura branca armazena energia e o músculo a utiliza imediatamente, a gordura marrom funciona como uma espécie de “aquecedor interno”. Estudos prévios indicavam que estimular essa gordura poderia acelerar a queima de calorias, contribuindo para controle de peso.

Resultados e Metodologia

Até então, a geração de calor pela gordura marrom era atribuída principalmente às mitocôndrias, por meio da proteína desacopladora 1. Contudo, camundongos sem essa proteína ainda conseguiam gerar calor, levantando a hipótese de um mecanismo adicional. A pesquisa da Washington University identificou os peroxissomos — pequenas estruturas celulares que metabolizam gorduras — como fonte alternativa de calor, particularmente ativa em baixas temperaturas e mais ainda em camundongos sem a proteína mitocondrial citada.

O grupo descobriu que o processo envolve a enzima acil-CoA oxidase 2 (ACOX2). Animais sem ACOX2 na gordura marrom apresentaram menor resistência ao frio, temperaturas corporais reduzidas após exposição ao frio e pior sensibilidade à insulina. Ao serem alimentados com dietas ricas em gordura, esses camundongos também ganharam mais peso. Já camundongos geneticamente modificados para produzir ACOX2 em excesso mostraram maior tolerância ao frio, sensibilidade à insulina aprimorada e controle de peso superior diante de dietas similares.

“O caminho que identificamos pode oferecer oportunidades para favorecer o gasto energético na equação da perda de peso, tornando potencialmente mais fácil para o corpo queimar energia ao ajudar a gordura marrom a produzir mais calor.”
(“The pathway we’ve identified could provide opportunities to target the energy expenditure side of the weight loss equation, potentially making it easier for the body to burn more energy by helping brown fat produce more heat”)

— Irfan Lodhi, Professor, Washington University School of Medicine

Testes com sensores fluorescentes de calor revelaram aumento de temperatura nas células de gordura marrom quando ACOX2 metabolizava certos ácidos graxos presentes em produtos lácteos, leite materno e produzidos também pela microbiota intestinal. O uso de imagens térmicas infravermelhas comprovou menor produção de calor em camundongos deficientes em ACOX2.

Implicações e Próximos Passos

Os resultados sugerem que intervenções dietéticas, probióticos ou compostos farmacológicos que estimulem a atividade de ACOX2 possam potencializar esse mecanismo de geração de calor e, assim, promover o controle de peso e melhorar parâmetros metabólicos em humanos.

“Embora nossos estudos sejam em camundongos, há evidências sugerindo que esse mecanismo também seja relevante em pessoas. Estudos prévios mostraram que indivíduos com maiores níveis desses ácidos graxos tendem a possuir menores índices de massa corporal. Mas, como correlação não é causalidade, nosso objetivo de longo prazo é testar se intervenções dietéticas ou terapêuticas que aumentem esses ácidos graxos ou a atividade da ACOX2 podem ajudar a ativar essa via e beneficiar a saúde metabólica e o emagrecimento.”
(“While our studies are in mice, there is evidence to suggest this pathway is relevant in people… our long-term goal is to test whether dietary or other therapeutic interventions that increase levels of these fatty acids or that increase activity of ACOX2 could be helpful in dialing up this heat production pathway in peroxisomes and helping people lose weight and improve their metabolic health.”)

— Irfan Lodhi, Professor, Washington University School of Medicine

O estudo foi financiado pelo National Institutes of Health (NIH) e pelo projeto europeu Infrafrontier-I3. Os autores destacam que já existe pedido de patente provisória relacionada ao estímulo de ACOX2 como abordagem para doenças metabólicas e obesidade.

A descoberta inaugura novas trilhas para o desenvolvimento de terapias e alimentos funcionais voltados ao controle de peso e saúde metabólica. Os próximos passos incluem testes clínicos com seres humanos e o desenvolvimento de intervenções seguras que possam escalar o efeito observado nos experimentos com camundongos.

Fonte: (ScienceDaily – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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