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Ciência & Exploração

Pesquisa revela lêmures criando novas espécies há 50 milhões de anos

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Corvallis, Oregon — InkDesign News — Um estudo publicado recentemente na revista Nature Communications revela que os lêmures continuam a diversificar-se em Madagascar, contrariando princípios consagrados da biologia evolutiva que preveem desaceleração no ritmo de formação de novas espécies com o tempo. Liderada por biólogos da Oregon State University, a pesquisa utilizou análise filogenômica e abre novos rumos na compreensão da biodiversidade de primatas na ilha.

O Contexto da Pesquisa

O arquipélago de Madagascar, separado do continente africano há milhões de anos, é conhecido por abrigar uma extraordinária variedade de lêmures. Estudos anteriores sugeriam que, após um rápido boom evolutivo, o processo de surgimento de novas espécies tenderia a estabilizar ou decrescer. Esse fenômeno é chamado de “radiação adaptativa”, e ocorre quando um grupo se diversifica rapidamente em vários nichos ecológicos.

Contudo, segundo os pesquisadores, os lêmures representam uma exceção notável: “Lemurs are often cited as an example of adaptive radiation, as more than 100 extant species have evolved and filled ecological niches on Madagascar,” (“Os lêmures são frequentemente citados como exemplo de radiação adaptativa, pois mais de 100 espécies atuais evoluíram e preencheram nichos ecológicos em Madagascar,”)
— Equipe de Pesquisa, Nature Communications

Resultados e Metodologia

O estudo se baseou em análise filogenômica — o exame de genomas para estudar as relações evolutivas. Segundo a equipe, suas análises “reveal multiple bursts of diversification (without subsequent declines) that explain much of today’s lemur diversity,” (“revelam múltiplos picos de diversificação — sem declínios subsequentes — que explicam grande parte da diversidade atual dos lêmures,”). A descoberta destaca grupos como os lêmures-tarim (mouse lemurs), lêmures-esportivos (sportive lemurs) e os lêmures-marrons (brown lemurs) como detentores de taxas “muito altas de especiação”.

O trabalho aponta ainda que essas linhagens exibem alta taxa de introgressão genômica — o fenômeno em que material genético de uma espécie passa para o pool gênico de outra, devido à hibridização. Isso tem sido considerado por parte da equipe como “potencial combustível para a diversificação”, contrariando a ideia de que hibridização seria um beco sem saída evolutivo:

“The lemur clades with high diversification rates also have high rates of genetic material from one species becoming part of the gene pool of another, a phenomenon known as genomic introgression. That suggests that hybridization in these primates is not an evolutionary dead end, as it often can be, but potential fuel for diversification.”
(“Os clados de lêmures com altas taxas de diversificação também apresentam elevadas taxas de material genético de uma espécie sendo incorporado ao pool gênico de outra, fenômeno conhecido como introgressão genômica. Isso sugere que a hibridização nesses primatas não é um beco sem saída evolutivo, como frequentemente pode ser, mas sim combustível potencial para a diversificação.”)

— Katie Everson, Bióloga, Oregon State University

Implicações e Próximos Passos

A taxa de diversificação dos lêmures, mais acelerada que a de parentes como lóris, galagos e bushbabies do continente africano e asiático, destaca a singularidade de Madagascar enquanto “laboratório natural”. A ilha concentra 15% de todas as espécies de primatas do planeta, ainda que 95% delas estejam ameaçadas de extinção, segundo o novo levantamento. Os dados reforçam a urgência por iniciativas de conservação local.

A equipe de pesquisa espera que suas descobertas embasem políticas de preservação e ajudem a explicar por que Madagascar permanece como um núcleo de evolução ativa de primatas. Novos estudos deverão explorar mais profundamente os mecanismos genéticos e ambientais que impulsionam a contínua especiação.

O futuro dos lêmures depende de esforços integrados para mitigar ameaças e conservar seus habitats únicos. A continuidade da pesquisa promete elucidar o papel da hibridização e da adaptação ecológica no ritmo evolutivo destes animais extraordinários.

Fonte: (Popular Science – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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