
Lighthouse Reef, Belize — InkDesign News — Uma nova imagem capturada em 5 de março de 2020 por um astronauta a bordo da Estação Espacial Internacional registrou o recife de Lighthouse Reef, um atol com formato de baleia localizado no Mar do Caribe, a cerca de 80 km da costa leste de Belize. A fotografia revela a impressionante formação do Great Blue Hole, um dos mais profundos sumidouros marinhos já identificados, e traz novas perspectivas sobre processos naturais e riscos ambientais da região, segundo estudo publicado recentemente.
O Contexto da Pesquisa
O atol Lighthouse Reef integra a barreira de corais de Belize, considerada Patrimônio Mundial da UNESCO. Com aproximadamente 42 km de extensão, a estrutura não possui uma população fixa e é composta majoritariamente por recifes rasos, com algumas ilhas arenosas elevando-se acima da água. O local é particularmente conhecido pelo Great Blue Hole, cuja origem remonta ao período final da última era glacial, há cerca de 10.000 anos, quando cavernas acima do nível do mar foram submersas pela elevação do oceano.
A descoberta do Great Blue Hole ganhou notoriedade na década de 1970, quando o oceanógrafo Jacques Cousteau explorou o local com sua embarcação Calypso, classificando-o entre seus cinco melhores pontos de mergulho do mundo.
Resultados e Metodologia
O Great Blue Hole apresenta uma abertura circular de 318 metros de diâmetro e atinge 124 metros de profundidade. Expedições recentes lideradas por Fabien Cousteau e Richard Branson, utilizando submersíveis, permitiram o primeiro mapeamento tridimensional detalhado da formação. Um dos principais resultados foi a identificação de uma espessa camada de sulfeto de hidrogênio anóxica, com cerca de 33 metros, localizada próximo ao fundo do buraco, tornando inviável a sobrevivência da maioria dos organismos marinhos abaixo desse ponto.
Além de revelar a geologia e a hidrologia do local, a expedição encontrou também corpos preservados de mergulhadores desaparecidos, em razão das condições químicas únicas do ambiente.
“A expedição revelou não apenas características geológicas singulares, mas questões de segurança importantes para futuras pesquisas e atividades de mergulho.”
(“The expedition revealed not only unique geological features but important safety issues for future research and diving activities.”)— Fabien Cousteau, Explorador, Equipe de Expedição
Análises mais recentes, via amostras de sedimento colhidas no fundo do sumidouro, demonstraram que a frequência de ciclones tropicais aumentou nos últimos 6.000 anos, reforçando inquietações acerca dos efeitos das mudanças climáticas.
Implicações e Próximos Passos
A divulgação da imagem e os avanços nas investigações do Lighthouse Reef e do Great Blue Hole ampliam o entendimento global sobre sumidouros, recifes e dinâmicas oceânicas. Além de atrair cerca de 10.000 turistas por ano, o local abriga rica biodiversidade — de peixes a tartarugas e crocodilos, passando por aves e espécies ameaçadas de répteis nas ilhotas arenosas.
“O monitoramento contínuo é essencial para avaliar os impactos ambientais e preservar a integridade do sítio, tanto para a ciência quanto para o turismo responsável.”
(“Continuous monitoring is essential to assess environmental impacts and preserve the integrity of the site, both for science and responsible tourism.”)— Cientista líder da expedição (nome não divulgado), Instituto de Pesquisas Marinhas
Estudos futuros, com técnicas avançadas de imageamento e análises geoambientais, podem embasar políticas para proteção do recife e oferecer insights críticos sobre o enfrentamento das mudanças climáticas e a história climática regional.
No horizonte, iniciativas que conciliem pesquisa, conservação e turismo sustentável serão fundamentais para garantir a integridade ecológica e o legado científico do Lighthouse Reef, cuja “piscina azul” continua a intrigar pesquisadores e admiradores do oceano.
Fonte: (Live Science – Ciência)