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Ciência & Exploração

Pesquisa revela colisão cósmica que trouxe água à Terra

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Berna — InkDesign News — Pesquisadores do Instituto de Ciências Geológicas da Universidade de Berna demonstraram que a composição química da Terra foi definida no máximo três milhões de anos após a formação do Sistema Solar, antes mesmo que o planeta tivesse condições essenciais para o desenvolvimento da vida, segundo estudo publicado na Science Advances.

O Contexto da Pesquisa

O entendimento das condições iniciais da formação da Terra desafia cientistas há décadas. Antes da nova pesquisa suíça, a principal dúvida era sobre como e quando elementos voláteis necessários para a vida, como água e compostos de carbono, passaram a integrar o planeta. A nebulosa original do Sistema Solar era rica nesses elementos, mas, nas regiões internas próximas ao Sol — onde se situam Mercúrio, Vênus, Terra e Marte —, essas substâncias voláteis não conseguiam se condensar e tinham pouca participação nos materiais sólidos que viriam a formar os planetas rochosos.

Resultados e Metodologia

A equipe de Berna utilizou análises de isótopos e elementos presentes em meteoritos e rochas terrestres para reconstruir o histórico formativo da Terra. Para a precisão temporal, fundamentaram-se no decaimento radioativo do manganês-53, que evolui para cromo-53 em um período de meia-vida de aproximadamente 3,8 milhões de anos. Com tal método, conseguiram determinar idades com margem de erro inferior a um milhão de anos, baseando-se em materiais com bilhões de anos de existência.

“Um sistema de medição temporal de alta precisão, baseado no decaimento radioativo do manganês-53, permitiu determinar a idade exata. Este isótopo estava presente no Sistema Solar primitivo e decai para cromo-53 com meia-vida de cerca de 3,8 milhões de anos.”
(“A high-precision time measurement system based on the radioactive decay of manganese-53 was used to determine the precise age. This isotope was present in the early Solar System and decayed to chromium-53 with a half-life of around 3.8 million years.”)

— Dr. Pascal Kruttasch, Pesquisador, Instituto de Ciências Geológicas, Universidade de Berna

Segundo o estudo, a “assinatura química” da proto-Terra, isto é, sua composição elementar única, estava consolidada em até três milhões de anos após a formação do Sistema Solar. No entanto, este cenário não incluía substâncias vitais como água — indicando que, inicialmente, a Terra era um planeta seco e rochoso.

Implicações e Próximos Passos

Os resultados corroboram a hipótese de que a vida na Terra só foi possível graças a um evento fortuito: a colisão posterior entre a proto-Terra e um corpo celeste chamado Theia, possivelmente formado em regiões mais frias, ricas em elementos voláteis. Essa colisão, além de originar a Lua, teria também fornecido à Terra água e outros compostos essenciais para a emergência da vida.

“Sabemos, graças aos nossos resultados, que a proto-Terra era, a princípio, um planeta rochoso e seco. Assim, é plausível supor que apenas o impacto com Theia tenha trazido elementos voláteis à Terra, permitindo a existência de vida.”
(“Thanks to our results, we know that the proto-Earth was initially a dry rocky planet. It can therefore be assumed that it was only the collision with Theia that brought volatile elements to Earth and ultimately made life possible there.”)

— Dr. Pascal Kruttasch, Pesquisador, Instituto de Ciências Geológicas, Universidade de Berna

Como destaca Klaus Mezger, professor emérito da instituição, a habitabilidade atual da Terra resulta mais de uma coincidência cósmica do que de um processo contínuo:

“A Terra provavelmente deve sua atual condição favorável à vida a um evento fortuito — o impacto tardio de um corpo estranho rico em água. Isso evidencia que as condições para a vida no universo estão longe de serem garantidas.”
(“The Earth does not owe its current life-friendliness to a continuous development, but probably to a chance event — the late impact of a foreign, water-rich body. This makes it clear that life-friendliness in the universe is anything but a matter of course.”)

— Klaus Mezger, Professor Emérito de Geoquímica, Universidade de Berna

O próximo alvo da pesquisa é estudar, em maiores detalhes, a colisão entre proto-Terra e Theia, buscando compreender não só suas consequências físicas como também a composição química e isotópica resultante para Terra e Lua.

A descoberta suíça redefine perspectivas sobre a raridade da habitabilidade cósmica e reforça a necessidade de modelos mais robustos para eventos formadores de planetas e satélites, indicando desdobramentos importantes para a astrobiologia e formação planetária global.

Fonte: (ScienceDaily – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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