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Ciência & Exploração

Pesquisa revela carne de tubarão ameaçado em mercados

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Chapel Hill, Carolina do Norte — InkDesign News — Uma pesquisa realizada por cientistas da University of North Carolina at Chapel Hill revelou que carnes de tubarões ameaçados de extinção continuam sendo comercializadas em supermercados, mercados de peixe e lojas online nos Estados Unidos, apesar de legislações existentes. O estudo, divulgado recentemente em Frontiers in Marine Science, empregou técnicas de DNA para identificar as espécies em produtos vendidos entre 2024 e 2025.

O Contexto da Pesquisa

A preocupação com a venda de carne de tubarão não é recente. Tubarões habitam os oceanos há mais de 450 milhões de anos, mas diversas espécies encontram-se atualmente sob risco de extinção devido à sobrepesca e demanda comercial. Leis internacionais, como a Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES) e normativas locais, tentam coibir o comércio dessas espécies. No entanto, a identificação inadequada e a rotulagem ambígua dos produtos dificultam a fiscalização e o controle efetivo do consumo desses animais.

Resultados e Metodologia

O estudo analisou 30 produtos adquiridos em lojas físicas e online, compreendendo 19 bifes crus e 11 pacotes de carne desidratada de tubarão. Os pesquisadores usaram barcoding de DNA para identificar a espécie de cada amostra, comparando os resultados com as informações apresentadas nas embalagens. De acordo com o artigo, “31 por cento” das amostras correspondiam a espécies em perigo ou criticamente ameaçadas, como o tubarão-martelo-grande, tubarão-martelo-enrugado, tubarão-tope e tubarão-mako-anão.

Segundo a cientista marinha Savannah J. Ryburn, responsável pelo estudo:

“Encontramos tubarões criticamente ameaçados, incluindo tubarão-martelo-grande e tubarão-martelo-enrugado, sendo vendidos em supermercados, mercados de frutos do mar e online.”

(“We found critically endangered sharks, including great hammerhead and scalloped hammerhead, being sold in grocery stores, seafood markets, and online.”)

— Dr. Savannah J. Ryburn, Ecologista Marinha, University of North Carolina at Chapel Hill

A rotulagem de 93% das amostras era vaga, identificando apenas como “tubarão”. Em um caso, o produto anunciado como tubarão-galha-preta — classificado como vulnerável — era, na verdade, carne de tubarão-mako-anão, uma espécie ameaçada.

Além da ameaça à biodiversidade, foram detectadas espécies conhecidas pela acumulação de metais pesados, como mercúrio, metilmercúrio e arsênio, substâncias nocivas à saúde humana. Três das espécies analisadas apresentaram teores elevados desses poluentes.

Implicações e Próximos Passos

Segundo dados da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), dos cerca de 550 tipos de tubarões conhecidos, 14% encontram-se vulneráveis, 11% ameaçados e 12% criticamente ameaçados. Embora leis como a CITES restrinjam o comércio de 74 espécies, a eficácia na ponta do varejo é limitada. Com peixes processados em filés e ausência de características visuais, o consumidor permanece incapaz de reconhecer a origem do alimento.

A pesquisadora sugere:

“Vendedores nos Estados Unidos deveriam ser obrigados a fornecer nomes específicos de espécies, e, quando o consumo de carne de tubarão não for um requisito de segurança alimentar, o consumidor deve evitar produtos sem identificação precisa ou rastreabilidade.”

(“Sellers in the United States should be required to provide species-specific names, and when shark meat is not a food security necessity, consumers should avoid purchasing products that lack species-level labeling or traceable sourcing.”)

— Dr. Savannah J. Ryburn, Ecologista Marinha, University of North Carolina at Chapel Hill

Os resultados apontam para a urgência de aprimorar práticas de rotulagem e fiscalização, promovendo educação do consumidor e fortalecimento de políticas de rastreabilidade. O avanço nas técnicas de identificação genética e na legislação internacional será fundamental para proteger as populações remanescentes de tubarões e garantir saúde pública.

Com a tendência de intensificação do monitoramento e avanços em barcoding genético, pesquisadores e autoridades devem unir esforços para assegurar a transparência e evitar a extinção silenciosa destas espécies.

Fonte: (Popular Science – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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