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Ciência & Exploração

Pesquisa indica suplemento hepático comum potencializa tratamento contra câncer

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La Jolla, Califórnia — InkDesign News — Pesquisadores do renomado Instituto Salk, nos Estados Unidos, identificaram mecanismos que explicam por que o câncer de fígado responde de forma limitada à imunoterapia, destacando o papel central de certos ácidos biliares produzidos pelo próprio órgão. O achado, publicado em outubro na revista Science, abre novas perspectivas para tratamento e potencializa abordagens já aprovadas em doenças hepáticas.

O Contexto da Pesquisa

O câncer de fígado (hepatocarcinoma) apresenta significativa resistência às atuais terapias baseadas em imunoterapia, estratégia que revolucionou o combate a tumores em órgãos como pulmão, rim e bexiga. O número de casos triplicou nas últimas décadas globalmente, motivando iniciativas científicas para compreender a interação entre os tumores hepáticos e o sistema imunológico. O Instituto Salk concentrou seus estudos na influência do microambiente hepático, capaz de modular a resposta imunológica.

Resultados e Metodologia

Utilizando modelos animais e amostras de tumores humanos, a equipe demonstrou que determinados ácidos biliares presentes no fígado comprometem a atividade de linfócitos T — células essenciais para atacar células cancerosas. Especificamente, a redução dos níveis de ácidos biliares conjugados, via inibição da proteína BAAT, resultou em menor crescimento tumoral em camundongos. Por outro lado, a administração do ácido ursodesoxicólico (UDCA), já aprovado para tratar doenças hepáticas, intensificou a atividade imunológica e diminuiu os tumores em modelos murinos.

“Como as propriedades e processos específicos de cada órgão influenciam a resposta imune? Os fígados têm um ambiente particularmente único, mas não entendíamos o impacto dele nas células imunes e cancerígenas. Ao investigar essas características, identificamos formas potenciais de regular os ácidos biliares e melhorar o desempenho das células T.”

(“How do organ-specific properties and processes influence the immune response? Livers have a particularly unique environment, but we didn’t really understand how it was affecting the immune and cancer cells. By investigating these liver-specific features, we have identified several potential ways to regulate bile acids, improve T cell performance, and enhance patient outcomes.”)

— Susan Kaech, Diretora do NOMIS Center for Immunobiology and Microbial Pathogenesis, Salk Institute

A análise identificou mais de vinte ácidos biliares, com destaque para o ácido TCDCA (associado ao estresse oxidativo prejudicial) e o LCA (que desencadeia estresse do retículo endoplasmático nas células T). O UDCA, em contraste, melhorou expressivamente o recrutamento e eficácia destes linfócitos contra o tumor.

Implicações e Próximos Passos

Com a suplementação do UDCA já aprovada clinicamente para outras condições hepáticas, a transição do achado para estudos clínicos em câncer de fígado é considerada promissora. O grupo também avalia o impacto do microbioma intestinal na regulação dos ácidos biliares e sua interferência no microambiente tumoral.

“Estamos avançados para a aplicação clínica, pois a suplementação com UDCA já é usada. Temos entusiasmo em investigar o papel do microbioma: como manipular bactérias benéficas e deletérias para regular os ácidos biliares? Como o microbioma muda com o câncer hepático? Probióticos poderiam ser terapias?”

(“We’re already a huge step ahead when it comes to translating our findings to the clinic, because UDCA supplementation is already used to treat liver disease and could easily be tested in liver cancer next. We are really excited to also explore the role of the gut microbiome in all of this, since bile acids are a huge part of that picture — how can we manipulate ‘good’ and ‘bad’ bacteria in the microbiome to further regulate bile acid levels? How does the microbiome change during liver cancer? Could probiotics be a therapeutic approach?”)

— Susan Kaech, Salk Institute

A investigação abre horizontes, não só para o câncer de fígado, mas para doenças crônicas e obesidade, na medida em que o controle de ácidos biliares emerge como possível alvo terapêutico. A identificação dessas vias sinaliza transformações na forma de tratar tumores hepáticos, especialmente em combinação com imunoterapias emergentes.

No horizonte, parcerias e ensaios clínicos devem explorar novos compostos, intervenções dietéticas e estratégias de manipulação do microbioma, em busca de respostas mais efetivas para pacientes com câncer de fígado e outras doenças relacionadas aos ácidos biliares.

Fonte: (ScienceDaily – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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