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Ciência & Exploração

Pesquisa cria primeira cóclea viva fora do corpo

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Nova York — InkDesign News — Um corte microscópico da cóclea de um mamífero foi mantido vivo e funcional fora do corpo pela primeira vez, segundo reportagem publicada em setembro de 2025. A realização do Laboratório de Neurociência Sensorial da Universidade Rockefeller, liderado por A. James Hudspeth pouco antes de sua morte, promete revolucionar a compreensão dos mecanismos auditivos.

O Contexto da Pesquisa

O desafio histórico de estudar a cóclea — estrutura auditiva protegida pelo osso mais denso do corpo humano — sempre limitou o avanço no entendimento da audição. Prejuízos aos delicados “cabelos sensoriais” (ou células ciliadas) são a principal causa de perdas auditivas irreversíveis. Até hoje, não havia técnica que permitisse observar, em tempo real, as etapas iniciais do processamento sonoro na cóclea de mamíferos sem comprometer sua integridade.

Nas últimas décadas, Hudspeth desvendeu parte dos princípios biológicos comuns à audição em diversas espécies, documentando em 1998 a ocorrência de uma instabilidade mecânica — chamada bifurcação de Hopf — na cóclea do sapo-touro. Tal fenômeno, crucial para a amplificação sonora, permanecia controverso quanto à sua existência em mamíferos.

Resultados e Metodologia

Motivada pelo debate, a equipe realizou incisões de até 0,5 mm na cóclea de gerbilos, especificamente em regiões responsáveis pela audição de sons de frequências médias. Utilizando uma câmara desenvolvida para preservar o ambiente natural do tecido — com temperatura, fluidos nutritivos e voltagem nativos —, os pesquisadores estimularam a cóclea e registraram seu funcionamento inédito.

“Agora podemos observar os primeiros passos do processo auditivo de maneira controlada, o que antes era impossível”
(“We can now observe the first steps of the hearing process in a controlled way that was previously impossible”)

— Francesco Gianoli, Pós-doutorando, Laboratório de Hudspeth

Os cientistas documentaram, em detalhe subcelular, como a abertura dos canais iônicos nas células ciliadas amplifica as vibrações sonoras e como as células ciliadas externas respondem a variações de voltagem por alongamento e contração (eletromotilidade). O experimento evidenciou que o ponto crítico da instabilidade mecânica — a bifurcação de Hopf — também governa a audição em mamíferos, confirmando um princípio unificador na biologia auditiva.

“Este estudo é uma obra-prima. Na área da biofísica, trata-se de um dos experimentos mais impressionantes dos últimos cinco anos”
(“This study is a masterpiece. In the field of biophysics, it’s one of the most impressive experiments of the last five years.”)

— Marcelo Magnasco, Chefe do Laboratório de Neurociência Integrativa, Rockefeller

Implicações e Próximos Passos

A descoberta inaugura uma nova era de experimentos controlados, que poderão abordar desequilíbrios e falhas no processamento auditivo. O modelo ex vivo abre caminho para testes farmacológicos precisos diretamente na cóclea, facilitando o desenvolvimento de terapias para perda auditiva — dado que nenhum medicamento foi aprovado até hoje para restaurar a audição por danos sensoriais.

Especialistas acreditam que, ao desvendar quando e como o processo ativo da audição falha, será possível propor intervenções antes que danos se tornem irreversíveis. O legado de Hudspeth, já celebrado, aumenta as perspectivas para tratamentos inovadores e políticas públicas em saúde auditiva.

O próximo desafio da pesquisa será expandir o conhecimento das interações celulares e testar, com precisão jamais alcançada, intervenções que possam um dia reverter a surdez sensorial. Estudos subsequentes devem se concentrar em traduzir a descoberta para terapias práticas, como relatado em outras pesquisas recentes na área (ciência).

Fonte: (ScienceDaily – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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