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Ciência & Exploração

Pesquisa aponta proteína de Alzheimer como aliada contra câncer

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Charleston, Universidade de Ciências Médicas da Carolina do Sul (MUSC) — InkDesign News — Um estudo recente da equipe do Hollings Cancer Center, publicado na revista Cancer Research, revelou que uma proteína fortemente associada ao Alzheimer também pode fortalecer o sistema imunológico. A descoberta inaugura novas possibilidades para terapias em câncer, doenças neurodegenerativas e o envelhecimento.

O Contexto da Pesquisa

Tradicionalmente, Alzheimer e câncer são vistos como condições opostas: enquanto o primeiro compromete progressivamente a cognição, o segundo afeta o organismo com crescimento celular descontrolado. No entanto, dados epidemiológicos vinham mostrando que pessoas com Alzheimer tinham risco significativamente reduzido de desenvolver câncer. Esse padrão intrigante motivou o Dr. Besim Ogretmen e sua equipe a investigar o fenômeno. Liderada pela epidemiologista Dra. Kalyani Sonawane, a análise de cinco anos de dados nacionais apontou que adultos acima de 59 anos com Alzheimer eram 21 vezes menos propensos a desenvolver câncer do que aqueles sem a doença.

Resultados e Metodologia

Pela primeira vez, pesquisadores rastrearam a ligação biológica entre as doenças até a proteína beta-amiloide, conhecida pela formação de placas tóxicas no cérebro de pacientes com Alzheimer. Experimentos demonstraram que, enquanto essa proteína danifica neurônios ao dificultar a remoção de mitocôndrias defeituosas (mitofagia), em células imunes, como linfócitos T, o efeito é inverso. A beta-amiloide preserva o funcionamento mitocondrial nessas células, conferindo-lhes maior energia para combater tumores.

“Descobrimos que o mesmo peptídeo amiloide que é prejudicial para neurônios no Alzheimer é benéfico para células T do sistema imune.”
(“What we found is that the same amyloid peptide that is harmful for neurons in Alzheimer’s is actually beneficial for T-cells in the immune system.”)

— Besim Ogretmen, Diretor Associado de Ciência Básica, Hollings Cancer Center

Além disso, a equipe mostrou que a reposição de mitocôndrias provenientes de células T de pacientes com Alzheimer rejuvenesceu células T envelhecidas de pessoas sem a doença, restaurando sua atividade funcional. Os resultados também apontaram o papel fundamental da molécula fumarato, cuja diminuição aceleraria a perda mitocondrial e enfraqueceria o sistema imune.

“Células T envelhecidas passaram a funcionar como células jovens e ativas novamente. Isso sugere uma nova maneira de pensar sobre o rejuvenescimento do sistema imune.”
(“Older T-cells began functioning like young, active T-cells again. That was an incredible finding because it suggests a whole new way to think about rejuvenating the immune system.”)

— Besim Ogretmen, Diretor Associado de Ciência Básica, Hollings Cancer Center

Implicações e Próximos Passos

Os achados oferecem explicação para a associação inversa entre Alzheimer e câncer, sugerindo caminhos inovadores para imunoterapia anticâncer. Estratégias como o transplante mitocondrial e a administração de fumarato a células envelhecidas surgem como potenciais alternativas para fortalecer tratamentos como a terapia CAR-T, além de combater a imunossenescência em idosos.

Esse avanço pode revolucionar não só a oncologia, mas também promover estratégias para preservar a imunidade durante o envelhecimento. O grupo de Ogretmen já protocolou uma patente relacionada à técnica, sinalizando interesse em sua viabilização clínica. Futuramente, desvendar como isolar os efeitos imunoprotetores da beta-amiloide sem prejudicar o cérebro pode alavancar terapias combinadas para doenças neurodegenerativas.

Com equipes multidisciplinares colaborando em biologia do câncer, imunologia e prevenção, a pesquisa ilustra como avanços em uma área podem abrir portas inesperadas em outra. Nos próximos anos, espera-se que estudos complementares aprofundem o entendimento dessas conexões e testem clinicamente intervenções baseadas em mitocôndrias e fumarato para prolongar a saúde imunológica e combater o câncer.

Fonte: (ScienceDaily – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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