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Ciência & Exploração

Pesquisa aponta dose única de psilocibina com alívio duradouro

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Filadélfia — InkDesign News — Pesquisadores da Escola de Medicina Perelman, da Universidade da Pensilvânia, apresentaram um estudo inovador publicado nesta semana na Nature Neuroscience que revela como circuitos cerebrais específicos são impactados pela psilocibina, composto ativo de cogumelos psicodélicos, trazendo novas perspectivas para o manejo da dor crônica e transtornos de saúde mental.

O Contexto da Pesquisa

A dor crônica, que afeta mais de 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo, costuma estar associada a quadros de depressão e ansiedade, formando um ciclo que amplifica o sofrimento. Métodos tradicionais de tratamento frequentemente dependem de opioides, medicamentos com alto potencial de dependência, pressionando a comunidade científica a buscar alternativas seguras e eficazes. O estudo conduzido em Filadélfia buscou desvendar mecanismos que possam romper esse ciclo recorrente de dor e distúrbios do humor.

Resultados e Metodologia

Os experimentos envolveram aplicação de doses únicas de psilocibina em camundongos com dor neuropática e inflamatória. O resultado mais notável foi o alívio simultâneo da dor, ansiedade e comportamentos depressivos induzidos, com efeito prolongado por quase duas semanas. A psilocibina, segundo os pesquisadores, age como um “dimmer” ao ativar os receptores de serotonina (5-HT2A e 5-HT1A), modulando a resposta cerebral sem desligar completamente os sinais neuronais.

A equipe utilizou microscopia fluorescente para observar a atividade espontânea de neurônios associados à dor crônica. O efeito positivo foi reproduzido ao injetar psilocina — o metabólito ativo da psilocibina — diretamente no córtex pré-frontal, especificamente no giro do cíngulo anterior (ACC), uma região ligada ao processamento de dor e emoções. A mesma substância, ao ser injetada na medula espinhal, não gerou os mesmos efeitos.

“Como anestesiologista, frequentemente cuido de pessoas que sofrem tanto de dor crônica quanto de depressão. Em muitos casos, elas não sabem qual condição veio primeiro, mas uma geralmente agrava a outra,”
(“As an anesthesiologist, I frequently care for people undergoing surgery who suffer from both chronic pain and depression. In many cases, they’re not sure which condition came first, but often, one makes the other worse,”)

— Joseph Cichon, MD, PhD, Professor Assistente, Universidade da Pensilvânia

“A psilocibina pode oferecer alívio significativo ao modular circuitos cerebrais responsáveis pela dor, sem depender do local da lesão, enquanto também atua positivamente sobre o humor,”
(“Psilocybin may offer meaningful relief for patients by bypassing the site of injury altogether and instead modulating brain circuits that process pain, while lifting the ones that help you feel better, giving you relief from both pain and low mood at the same time,”)

— Joseph Cichon, MD, PhD, Professor Assistente, Universidade da Pensilvânia

Implicações e Próximos Passos

Os achados sugerem que a abordagem com psilocibina pode ser expandida não apenas para dor crônica, mas também para outros quadros clínicos como dependência química e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Pesquisas futuras deverão explorar estratégias de dosagem, efeitos a longo prazo e a capacidade do cérebro de se reconfigurar após a exposição à substância.

O grupo da Pensilvânia pretende investigar a duração dos efeitos, a frequência ideal de doses e o potencial de reestruturação duradoura dos circuitos neurais em modelos animais. A segurança e viabilidade clínica da substância, principalmente em contextos cirúrgicos e anestésicos, ainda precisam ser rigorosamente avaliadas.

“Embora essas descobertas sejam animadoras, ainda não sabemos por quanto tempo os efeitos da psilocibina persistem ou se doses múltiplas poderiam promover ajustes mais duradouros nos circuitos cerebrais,”
(“While these findings are encouraging, we don’t know how long-lived psilocybin’s effects are or how multiple doses might be needed to adjust brain pathways involved in chronic pain for a longer lasting solution,”)

— Stephen Wisser, Doutorando em Neurociência, Universidade da Pensilvânia

O avanço descrito pelo estudo representa importante passo para o desenvolvimento de novas terapias não aditivas, especialmente em um cenário de incidência mundial crescente de dor crônica. A continuidade das investigações poderá definir o papel da psilocibina como potencial alternativa biomédica para condições de difícil manejo.

Fonte: (ScienceDaily – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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