
Image: Jim Pollard/Southern Minnesota Museum of Natural History.
Blue Earth, Minnesota — InkDesign News — Um novo estudo de caso na intersecção entre educação científica e engajamento comunitário está ganhando forma na pequena cidade de Blue Earth, região rural de Minnesota, onde o artista e paleontólogo amador Jim Pollard fundou o Southern Minnesota Museum of Natural History. Desde 2023, iniciativas inovadoras têm aproximado crianças da pesquisa paleontológica, transformando o município em exemplo de divulgação científica para pequenas localidades.
O Contexto da Pesquisa
A ideia do museu surgiu após experiências de Pollard como colecionador de fósseis e artista, complementadas pela percepção de sua esposa, Bridget Gallagher, que notou dificuldades acadêmicas entre estudantes locais enquanto atuava como professora substituta. O cenário era de escassa oferta de espaços educativos sobre ciência para a população de cerca de 3.000 habitantes. Pollard observou o interesse crescente das crianças durante pequenas exposições no acervo da biblioteca pública; o fascínio pelos fósseis motivou a criação de uma instituição dedicada ao tema.
Resultados e Metodologia
O museu, instalado em um prédio histórico de 133 anos no centro da cidade, reúne peças de 7.000 a 7 milhões de anos – desde ossadas de bisões resgatadas por amadores em obras civis até um crânio de Archaeotherium e fragmentos de fezes fósseis de mamute oriundos da Sibéria. Muitos itens foram obtidos por doações, escambo com colecionadores de outras regiões ou por meio da internet.
“Cada uma das exposições traz histórias, normalmente associadas ao próprio coletor dos fósseis. Essa narrativa é o que desperta interesse nas crianças.”
(“Each of the displays has stories, usually by the person collecting the fossils. That storytelling is what interests kids.”)— Jim Pollard, Diretor e Curador, Southern Minnesota Museum of Natural History
A metodologia adotada valoriza o envolvimento prático: todos os verões, uma criança local é selecionada para participar de uma escavação real, retornando com amostras para o acervo. Em 2024, o participante levou para casa cerca de 136 quilos de amostras geológicas coletadas em Elk Creek, um sítio de depósitos de três milhões de anos.
“A escavação não é apenas sobre fósseis, trata-se de amadurecimento. É engajar-se tanto no mundo físico quanto intelectual.”
(“The dig is not just about fossils, it’s about growing up. It’s about engaging in the physical world as well as the mental world and intellectual world.”)— Jim Pollard, Diretor e Curador, Southern Minnesota Museum of Natural History
Implicações e Próximos Passos
A princípio, o museu não utiliza tecnologia avançada, como códigos QR ou modelos animatrônicos, focando recursos em atividades presenciais e interação pessoal. O objetivo principal para os próximos anos é angariar fundos para expandir o programa de escavação para crianças da região, mantendo o museu como um núcleo de aprendizado prático em ciências naturais.
No cenário nacional e internacional, o caso de Blue Earth destaca-se como modelo replicável para localidades de pequeno porte que visam fomentar o interesse científico entre jovens. Ao priorizar a experiência prática, a iniciativa de Pollard pode inspirar a criação de programas similares em outras comunidades, ampliando a democratização do acesso à ciência.
O futuro do Southern Minnesota Museum of Natural History dependerá da continuidade de doações, apoio comunitário e da capacidade de envolver novas gerações na pesquisa e preservação científica. A proposta sugere um horizonte promissor para a formação de futuros cientistas a partir do interior dos Estados Unidos.
Fonte: (Popular Science – Ciência)