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Ciência & Exploração

Paleontologia descobre primeiro lobopodiano não marinho

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São Paulo — InkDesign News — Pesquisadores identificaram Palaeocampa anthrax, uma criatura de água doce da era Paleozoica, desafiando a crença de que os lobopodianos eram exclusivamente marinhos. A descoberta revela novas dimensões na evolução desses organismos.

Contexto da descoberta

Primeiro publicado em 1865 como uma lagarta, Palaeocampa anthrax foi classificado como verme, milípede e poliqueta marinha. Somente em 130 anos depois, o paleontólogo Richard Knecht, da Universidade de Michigan, e sua equipe determinaram sua verdadeira identidade.

“Lobopodianos eram provavelmente uma visão comum nos fundos marinhos do Paleozoico, mas, exceto por tardígrados microscópicos e vermes de veludo terrestres, acreditávamos que estavam confinados ao oceano”, disse Knecht.

Métodos e resultados

O estudo analisou 43 espécimes de Palaeocampa anthrax de duas Lagerstätten carboníferas, Mazon Creek, EUA, e Montceau-les-Mines, França, utilizando técnicas avançadas, como microscopia eletrônica de varredura (SEM) e espectroscopia de energia dispersiva. Os pesquisadores revelaram características anatômicas sofisticadas, incluindo quase 1.000 espinhos semelhantes a cerdas cobrindo o corpo.

A pesquisa também detectou resíduos químicos nas pontas dos espinhos, indicando que poderiam secretar toxinas para repelir predadores em seu habitat pantanoso. “O que me surpreendeu é que fragmentos de biomacromoléculas poderiam estar excepcionalmente preservados ou alterados em geomacromoléculas nos fósseis”, explicou o paleontólogo Nanfang Yu, da Universidade de Columbia.

Implicações e próximos passos

A descoberta da Palaeocampa anthrax é significativa não apenas por confirmar a presença de lobopodianos de água doce, mas também por elucidar o mistério do site fossilífero de Montceau-les-Mines, anteriormente considerado marinho. “Montceau-les-Mines, de onde veio metade dos espécimes, estava a centenas de quilômetros para o interior, sem oceanos presentes”, acrescentou Knecht.

Esse avanço amplia a compreensão sobre a diversidade dos lobopodianos e levanta questionamentos evolutivos. Quais outros organismos fizeram a transição de ambientes marinhos para de água doce? Poderia haver mais espécimes mal identificados escondidos em museus?

A pesquisa sublinha que as condições necessárias para fossilizar criaturas de corpo mole, como os lobopodianos, são raras. A descoberta é a primeira de seu tipo cuja análise foi feita no contexto da época Carbonífera, onde Palaeocampa anthrax viveu.

Portanto, enquanto os cientistas continuam a aprofundar-se nas complexidades da vida antiga, novas janelas de oportunidades para entender os ecossistemas de água doce do passado estão se abrindo.

Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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