
São Paulo — InkDesign News — Uma nova pesquisa de paleontologistas dos Estados Unidos e da República Eslovaca identificou e nomeou um novo gênero e espécie de dinossauro hadrossaurídeo, conhecido como Ahshislesaurus wimani, que viveu durante o período Cretáceo, há cerca de 75 milhões de anos, em uma região que hoje pertence ao Novo México.
Contexto da descoberta
A família Hadrosauridae, frequentemente chamada de dinossauros “bico de pato”, foi uma das mais bem-sucedidas durante o Cretáceo, ocupando ecossistemas terrestres no Oeste da América do Norte por cerca de 20 milhões de anos. Esses dinossauros herbívoros estavam distribuídos globalmente, incluindo locais na África, Antártida, Ásia, Europa e nas Américas do Norte e Sul.
Métodos e resultados
Os fósseis de Ahshislesaurus wimani foram descobertos nas camadas da Formação Kirtland, na área de Ah-shi-sle-pah Wilderness, em San Juan County, Novo México. O holótipo consiste em um crânio diagnóstico incompleto e vários elementos cranianos isolados, além de uma série de vértebras cervicais articuladas. Os pesquisadores identificaram várias amostras adicionais que podem pertencer à mesma espécie, o que inclui um dentário esquerdo bem preservado e um esqueleto parcial.
“Este grupo, comumente conhecido como ‘dinossauros bico de pato’, foi um dos grupos de dinossauros mais taxonomicamente diversos e bem-sucedidos durante o Cretáceo.”
(“This group, commonly known as the ‘duck-billed’ dinosaurs, was one of the most taxonomically diverse and successful dinosaur groups during the Cretaceous.”)— Sebastian Dalman, Paleontólogo, Montana State University
Implicações e próximos passos
Os achados fornecem novas evidências de variação latitudinal na fauna de hadrossaurídeos no Cretáceo tardio em Laramidia. O Ahshislesaurus e outro gênero referido, Naashoibitosaurus, formam um grupo potencialmente novo de hadrossaurídeos com cabeça plana. A pesquisa sugere que os saurolophinos eram um grupo diversificado, dominando como dinossauros herbívoros no final do período Cretáceo.
A equipe planeja publicar um artigo detalhado que abordará esses achados na New Mexico Museum of Natural History and Science Bulletin, expandindo o conhecimento sobre a diversidade e a complexidade dos hadrossaurídeos.
A descoberta do Ahshislesaurus wimani não apenas enriquece nossa compreensão da biodiversidade do Cretáceo, mas também abre novas direções para pesquisas futuras sobre a evolução e ecologia desses dinossauros na América do Norte.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)