Novo estudo revela que cratera da Terra é mais jovem do que se pensava

São Paulo — InkDesign News —Geólogos revelam novas descobertas sobre um antigo cratera de impacto meteorítico na região isolada de Pilbara, na Austrália Ocidental. Estudando o local, os pesquisadores apresentaram argumentos divergentes sobre a idade e a relevância desse evento, que pode ter ocorrido após 2,7 bilhões de anos.
Detalhes da missão
A missão consiste na análise de um crateras de impacto que, segundo a primeira pesquisa, teria se formado há 3,5 bilhões de anos, com um diâmetro superior a 100 quilômetros. No entanto, a nova investigação sugere que o evento ocorrido na estrutura chamada Miralga foi muito mais recente, possivelmente em um intervalo entre 2,7 bilhões e 400 milhões de anos. O trabalho de campo foi fundamental para determinar a idade do impacto, utilizando-se da lei da superposição, que analisa a estratificação das rochas.
Tecnologia e objetivos
O estudo identificou cones de fratura, marcas deixadas por ondas de choque durante o impacto, nos mesmos rochas de 3,47 bilhões de anos e em rochas mais jovens, indicando uma datação mais recente. Os pesquisadores utilizaram métodos geológicos e coletaram amostras de basaltos antigos, que são raros e podem oferecer insights sobre a superfície craterada de Marte. “Nossa investigação encontrou cones de fratura nas rochas de 3,47 bilhões de anos, mas também nas rochas mais jovens, o que implicou que o impacto houve após a formação das lavas de 2,77 bilhões de anos”
(“Our investigation found shatter cones in the same 3.47 billion-year-old rocks, but also in younger overlying rocks, including lavas known to have erupted 2.77 billion years ago.”)— Timmons M. Erickson, Geólogo, Universidade.
Próximos passos
Os pesquisadores pretendem utilizar métodos isotópicos para datar mais precisamente o impacto, com planos de cooperação com outros grupos de pesquisa. A descoberta da estrutura de Miralga fornece um campo de estudos para entender não apenas a história da Terra, mas também comparações com Marte, onde crateras em superfícies basálticas são raras. “Essa nova estrutura de impacto proporciona um terreno único para cientistas planetários estudarem a superfície cratera de Marte e a possível vida inicial que poderia ter existido”
(“This new impact structure provides a unique playground for planetary scientists studying the cratered surface (and maybe early life) of Mars.”)— Nicholas E. Timms, Pesquisador, Centro de Estudos Planetários.
A pesquisa não apenas embeleza nossa compreensão sobre a crosta terrestre, mas também proporciona um vislumbre das condições primitivas que podem ter existido em outros planetas. O impacto da Miralga, embora não seja o mais antigo, representa um avanço significativo na exploração espacial e no conhecimento humano.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)