Nova ministra da Economia defende acordos para impulsionar investimento alemão

Berlim — InkDesign News — A Alemanha, maior economia da Europa, anunciou em 7 de fevereiro de 2024 esforços para diversificar seus parceiros comerciais por meio de acordos internacionais, em meio a um cenário de inflação global e tensões comerciais que impactam o PIB e o fluxo de comércio bilateral.
Panorama econômico
Na cerimônia de posse da nova ministra da Economia, Katherina Reiche, em Berlim, declarou-se a necessidade de a Alemanha ampliar suas relações comerciais além dos Estados Unidos, seu principal parceiro, reforçando a estratégia da União Europeia para reduzir riscos em mercados internacionais. O contexto é marcado pela manutenção de tarifas aplicadas pelos EUA sobre produtos europeus, incluindo aço, alumínio e automóveis, além de um acréscimo nos impostos para outros produtos. A Comissão Europeia coordena a resposta às medidas tarifárias impostas, enquanto a administração norte-americana busca, paralelamente, estímulos monetários que influenciam o ambiente econômico global.
Indicadores e análises
Em 2024, o comércio bilateral entre Alemanha e Estados Unidos alcançou 253 bilhões de euros, consolidando os EUA como o maior parceiro comercial do país. No entanto, os impactos da política comercial norte-americana geram insegurança no mercado, afetando investimentos e decisões econômicas.
“Não podemos esperar que as oportunidades de exportação e importação para as empresas alemãs melhorem automaticamente nos próximos anos. Nós mesmos temos que agir”
(“We cannot expect that export and import opportunities for German companies will automatically improve in the coming years. We have to act ourselves”)— Katherina Reiche, Ministra da Economia da Alemanha
Segundo Volker Treier, chefe de comércio exterior da Câmara Alemã de Indústria e Comércio, a política comercial dos EUA tem gerado adiamentos em investimentos devido à perda de confiança por parte dos investidores.
Impactos e previsões
A diversificação dos parceiros comerciais pode mitigar riscos causados por guerras tarifárias e volatilidade externa, buscando estabilidade para a indústria alemã e o consumidor europeu. A ministra Reiche destacou a importância de acordos com países como Austrália, Chile, Índia, México e o bloco Mercosul, equilibrando a dependência do mercado americano.
“Guerras comerciais têm desvantagens para ambos os lados e é por isso que é importante que cheguemos a um acordo de livre comércio com os EUA”
(“Trade wars have disadvantages for both sides and that is why it is important that we reach a free trade agreement with the US”)— Katherina Reiche, Ministra da Economia da Alemanha
O cenário aponta para negociações diplomáticas contínuas que deverão moldar o comércio internacional e impactar políticas de investimento e crescimento da Alemanha e da União Europeia.
Os próximos meses serão decisivos para a definição das estratégias comerciais, frente às incertezas econômicas globais e medidas de política monetária adotadas em principais mercados.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)