
São Paulo — InkDesign News — A Nissan anunciou, em 13 de março de 2023, demissões de mais de 11 mil funcionários e o fechamento de sete fábricas, culminando um ano fiscal instável que deixou a montadora lutando para recuperar sua posição no mercado global.
Panorama econômico
A Nissan enfrenta um cenário econômico desafiador, caracterizado pela queda nas vendas nos EUA e na China, exacerbada pela recente pressão de tarifas de importação dos EUA. Com um novo presidente-executivo, Ivan Espinosa, a empresa busca implementar cortes de custos significativos em um momento em que o mercado automotivo global está cada vez mais competitivo e volátil.
Indicadores e análises
Durante o ano fiscal encerrado em março, a Nissan relatou um lucro operacional de apenas 69,8 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 472 milhões), representando uma queda de 88% em comparação ao ano anterior. Espinosa, em sua nova posição, propôs uma economia total de custos de cerca de 500 bilhões de ienes, mas prevê um prejuízo operacional de 200 bilhões de ienes para o primeiro trimestre fiscal. “A realidade é muito clara. Nossos custos variáveis estão aumentando. Nossos custos fixos são mais altos do que nossa receita atual pode suportar”, afirmou Espinosa.
Impactos e previsões
Os novos cortes de pessoal elevarão a redução total da força de trabalho da Nissan para aproximadamente 20 mil trabalhadores, com a empresa reduzindo o número de fábricas de 17 para 10. Essa mudança não é apenas uma resposta às dificuldades enfrentadas, mas também uma tentativa de simplificar a produção e reduzir a complexidade das peças em 70%. Com os desafios impostos pelo aumento da concorrência no sudeste asiático e o revés nas negociações de fusão com a Honda, a Nissan deve reavaliar sua estratégia para conseguir uma recuperação.
“Nossos resultados financeiros para o ano inteiro são um alerta.”
(“Our full-year financial results are a warning.”)— Ivan Espinosa, CEO, Nissan
O caminho à frente para a Nissan é repleto de incertezas, e a propensão a reverter rapidamente essa situação é escassa. As previsões do setor indicam que a montadora terá dificuldade em se recuperar em um contexto de aumento das tarifas e crescente competição.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)