
São Paulo — InkDesign News — A startup NetZeroNitrogen, que desenvolveu uma solução inovadora para reduzir a dependência de fertilizantes sintéticos, busca revolucionar a agricultura ao fornecer bactéria capaz de fixar nitrogênio do ar diretamente nas plantas. Com um financiamento de US$ 6,6 milhões, a empresa visa oferecer uma alternativa mais barata e ambientalmente amigável.
Financiamento
A NetZeroNitrogen recentemente concluiu uma rodada de seed round no valor de US$ 6,6 milhões, liderada pela World Fund e Azolla Ventures. Este investimento permitirá à empresa acelerar o desenvolvimento e a comercialização de suas bactérias inovadoras, que podem reduzir a necessidade de fertilizantes sintéticos em até 50%.
Modelo de negócios
A startup se distingue ao utilizar uma abordagem direcionada com suas colônias de bactérias, introduzindo-as diretamente nas sementes antes do plantio. Segundo Justin Hughes, cofundador e CEO da NetZeroNitrogen, a diferenciação entre seu modelo e os fertilizantes tradicionais é clara:
“Esta é uma abordagem de sniper de precisão. Em contraste com o fertilizante, onde você o espalha por todo o campo e efetivamente espera que algum atinja o alvo, uma espécie de abordagem de espingarda.”
— Justin Hughes, CEO, NetZeroNitrogen
O processo de produção das bactérias se baseia em uma década de pesquisa em cepas fixadoras de nitrogênio não geneticamente modificadas, facilitando a entrada em mercados orgânicos e minimizando barreiras regulatórias.
Aplicações e expansão
A iniciativa mais imediata da NetZeroNitrogen será o lançamento de seu produto voltado para o cultivo de arroz, onde a aplicação é simplificada por meio da imersão das sementes em água que contém as bactérias. Hughes afirma que esta técnica é viável e eficaz, uma vez que o arroz passa por um processo de enxágue antes do plantio.
Além disso, a empresa planeja oferecer suas bactérias a um preço muito competitivo, com uma meta de pelo menos US$ 50 menos por hectare em comparação com os fertilizantes sintéticos. Isso representa uma redução de 30% a 40% em regiões como o Sudeste Asiático.
Próximos passos
Embora a NetZeroNitrogen tenha um caminho promissor, Justin Hughes reconhece que eliminar completamente o uso de fertilizantes sintéticos ainda é um desafio. “Infelizmente, não podemos resolver 100% do problema ainda. Mas da proporção que conseguimos resolver, é efetivamente 100% de eficiência”, concluiu.
A empresa prevê uma crescente adoção no mercado à medida que evolui, com planos de expansão e possivelmente uma oferta pública inicial (IPO) no futuro se o modelo de negócios se mostrar sustentável.
Fonte: (TechCrunch)