
São Paulo — InkDesign News — Um novo projeto ambiciona antecipar os eventos de clima espacial que ameaçam a infraestrutura tecnológica da Terra. A iniciativa, liderada por uma equipe de heliophysicistas, se baseia na criação de uma constelação de satélites que operam além do ponto de Lagrange L1, a 1,3 milhão de milhas da Terra, com previsão de lançamento para 2029.
Detalhes da missão
A constelação denominada SWIFT (Space Weather Investigation Frontier) será composta por quatro satélites, com um deles equipado com uma vela solar. Esta configuração permitirá monitorar as condições do vento solar, oferecendo condições para previsão de eventos de clima espacial com 60 minutos de antecedência, um avanço em relação ao atual aviso de 40 minutos. O SWIFT terá como carga útil dispositivos que medem a radiação e monitoram as partículas solares, utilizando um perfil de voo projetado para coletar dados sem interrupção.
Tecnologia e objetivos
Os satélites utilizarão uma vela solar, um sistema de propulsão inovador que retira sua energia do sol. A vela, com dimensões de quase um terço de um campo de futebol, se utilizará da pressão da luz solar para se deslocar, evitando o uso de combustíveis químicos. “Se bem sucedido, o Solar Cruiser abrirá caminho para a constelação SWIFT, garantindo segurança em nossos investimentos em infraestrutura espacial”, afirmou um dos pesquisadores principais.
“Se bem sucedido, o Solar Cruiser abrirá caminho para a constelação SWIFT, garantindo segurança em nossos investimentos em infraestrutura espacial.”
(“If successful, the Solar Cruiser will pave the way for the SWIFT constellation, ensuring safety in our space infrastructure investments.”)— Pesquisador Principal, SWIFT
Próximos passos
A missão começará com o lançamento do Solar Cruiser, que demonstrará a eficácia da vela solar em condições de baixa gravidade. Enquanto isso, a equipe está focada em colaborações com agências internacionais para garantir a troca de dados, além de integrar dados históricos sobre clima espacial. O cronograma inclui um período de testes em órbita a partir de 2029, com planos de extensões futuras no monitoramento contínuo da atividade solar e suas implicações para a Terra.
A importância deste projeto transcende os limites da exploração espacial. Com a crescente dependência de tecnologias orbitais, a previsão de clima espacial se torna vital para proteger ativos globais avaliados em até US$ 2,7 trilhões. Assim, a inovação nesta área pode ser um divisor de águas na preservação – e evolução – da infraestrutura civil e militar do planeta.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)