
Upton, Nova York — InkDesign News — O detector sPHENIX passou por um teste essencial que demonstra sua prontidão para identificar os “restos” do plasma de quark-gluon, uma fase primordial que preencheu o universo imediatamente após o Big Bang.
Detalhes da missão
O sPHENIX é um experimento projetado para o Relativistic Heavy Ion Collider (RHIC), localizado no Laboratório Nacional de Brookhaven, em Upton, Nova York. Este acelerador de partículas, o segundo mais poderoso do mundo, colisões de íons pesados, incluindo ouro, a velocidades próximas à da luz. Durante suas operações, ele cria quark-gluon plasma, um estado de matéria que existiu pouco depois do Big Bang. O teste de “vela padrão” foi conduzido durante três semanas no outono de 2024, onde o detector mediu de forma precisa a quantidade e a energia das partículas geradas pelas colisões de íons de ouro.
Tecnologia e objetivos
O sPHENIX, que possui a dimensão de uma casa de dois andares e pesa cerca de 1.000 toneladas, utiliza tecnologia avançada para coletar dados de até 15.000 colisões por segundo. Seu design permite que funcione como uma câmera 3D, capacitando-a a rastrear o número de partículas produzidas, suas energias e trajetórias. “Isso indica que o detector funciona como deveria”, afirmou Gunther Roland, membro da equipe do sPHENIX e professor de Física no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). “É como se você tivesse enviado um novo telescópio ao espaço após gastar 10 anos construindo-o e ele capturasse a primeira imagem.”
“Isso não é necessariamente uma imagem de algo completamente novo, mas prova que está pronto para começar a fazer novas ciências.”
(“It’s not necessarily a picture of something completely new, but it proves that it’s now ready to start doing new science.”)— Gunther Roland, Professor de Física, MIT
Próximos passos
Após a realização do teste de vela padrão, a equipe do sPHENIX está ansiosa para explorar processos raros que poderiam fornecer insights sobre a densidade do plasma de quark-gluon e a difusão de partículas em matéria ultra-densa. “O divertido para o sPHENIX está apenas começando”, acrescentou Cameron Dean, pesquisador do MIT. “Estamos atualmente colidindo partículas novamente e esperamos continuar por vários meses. Com todos os nossos dados, podemos procurar por processos raros que podem nos ajudar a entender melhor a física fundamental.”
“O sPHENIX é capaz de investigar processos incrivelmente raros pela primeira vez.”
(“sPHENIX takes advantage of developments in detector technology…to probe incredibly rare processes for the first time.”)— Cameron Dean, Pesquisador, MIT
O avanço no entendimento do plasma de quark-gluon e sua relação com a formação da matéria primordial do universo tem implicações significativas para a física de partículas e a compreensão da evolução cósmica.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)