
São Paulo — InkDesign News — Pesquisadores da Universidade de Nova York em Abu Dhabi descobriram que raios cósmicos podem ser uma fonte vital de energia para a vida em luas geladas, em Marte e até em planetas errantes, expandindo as possibilidades de existência de vida em ambientes hostis.
Detalhes da missão
A equipe de pesquisa, liderada por Dimitra Atri, conduziu uma série de cálculos para avaliar a biomassa máxima que poderia sobreviver na superfície de Marte, Europa e Enceladus, luas de Júpiter e Saturno, respectivamente. O estudo revelou que Enceladus possui um potencial de biomassa de 400 milhões de partes por milhão, enquanto Marte apresenta 110 milhões e Europa, 4,5 bilhões de partes por milhão a uma profundidade próxima da superfície.
Tecnologia e objetivos
Os pesquisadores basearam suas estimativas no impacto dos raios cósmicos em moléculas de água-gele, um processo conhecido como radiólise, que pode gerar eletricidade suficiente para sustentar micróbios. “Para que esse mecanismo funcione, você apenas precisa de uma superfície planetária com uma atmosfera fina ou ausente, independente da distância do sol”, afirmou Atri.
A pesquisa mostra que a vida poderia existir em mais lugares do que imaginávamos
(“Life might be able to survive in more places than we ever imagined.”)— Dimitra Atri, Pesquisadora, Universidade de Nova York em Abu Dhabi
Próximos passos
Os planos futuros incluem o envio de sondas para estudar as camadas de gelo em Europa e Enceladus, onde a interação com raios cósmicos pode ser mais pronunciada. Missões como a Europa Clipper, da NASA, têm como objetivo explorar a possibilidade de vida sob a superfície gelada da lua de Júpiter, focando em áreas onde a crosta pode ser mais fina.
Essa descoberta altera nossa concepção sobre onde a vida pode existir
(“This discovery changes the way we think about where life might exist.”)— Dimitra Atri, Pesquisadora, Universidade de Nova York em Abu Dhabi
A pesquisa abre novas possibilidades sobre a vida em condições extremas, desafiando as noções tradicionais de habitação fora da zona habitável solar e ampliando o escopo da astrobiologia.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)