
São Paulo — InkDesign News — Cientistas da Universidade de Toronto desenvolveram um novo modelo computacional para explorar a magnetosfera e a turbulência do meio interestelar em nossa galáxia, criando imagens impressionantes que se assemelham a obras de arte abstrata. O estudo foi publicado em 13 de maio na revista Nature Astronomy.
Detalhes da missão
A pesquisa se concentrou na importância do meio interestelar, que é composto por uma mistura difusa de gás e poeira. Este ambiente pode afetar processos cruciais, como a formação de estrelas e a movimentação de raios cósmicos. O modelo foi testado no supercomputador SuperMUC-NG, no Centro de Supercomputação Leibniz, na Alemanha, apresentando uma resolução superior a modelos anteriores, permitindo simulações de escalas espaciais vastamente diferentes, desde regiões de 30 anos-luz até estruturas sobre 5.000 vezes menores.
Tecnologia e objetivos
O novo modelo oferece insights sem precedentes sobre os fenômenos magnéticos e turbulentos no meio interestelar. James Beattie, um dos pesquisadores, afirmou:
A turbulência permanece um dos maiores problemas não resolvidos na mecânica clássica.
(“Turbulence remains one of the greatest unsolved problems in classical mechanics.”)— James Beattie, Pesquisador Pós-Doutoral, Universidade de Toronto
O modelo simula a pressão magnética que se opõe à formação de estrelas, quantificando as expectativas sobre a turbulência magnética em escalas relevantes, um avanço significativo para a astrofísica.
Próximos passos
Como parte do processo de validação, a equipe testará as previsões do modelo contra dados de observações, incluindo dados do vento solar e da Terra. Beattie mencionou:
Estamos muito animados, pois isso significa que também podemos aprender sobre o clima espacial com nossa simulação.
(“This is very exciting because it means we can [also] learn about space weather with our simulation.”)— James Beattie, Pesquisador Pós-Doutoral, Universidade de Toronto
A capacidade de conectar simulações aprimoradas com dados existentes permitirá novos entendimentos que podem elucidar mistérios astrofísicos ainda não resolvidos.
O impacto dessa pesquisa promete contribuir não apenas para o avanço da exploração espacial, mas também para o entendimento humano sobre os fenômenos que governam o universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)